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Meo e CTT lideraram reclamações nas comunicações em outubro

Os serviços de comunicações eletrónicas e de comunicação postal somaram, em conjunto, cerca de 11,7 mil reclamações em outubro, o que corresponde a um crescimento de 22% em termos homólogos.
  • Edifício-sede da Autoridade Nacional de Comunicações, em Lisboa
12 Novembro 2020, 16h28

Os serviços de comunicações eletrónicas e de comunicação postal somaram, em conjunto, cerca de 11,7 mil reclamações em outubro, o que corresponde a um crescimento de 22% nas queixas que chegaram ao regulador das comunicações face a outubro de 2019, de acordo com dados da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) divulgados esta quinta-feira. A Meo e os CTT foram as empresas mais referenciadas.

No caso da Meo, empresa detida pela Altice Portugal, a Anacom deu conta de duas mil reclamações, o que representa um crescimento de 43%, face a setembro.  Ainda no setor das telecomunicações, a NOS foi o prestador que registou o maior aumento de reclamações (78%).

Ao todo, o regulador das comunicações recebeu 5,3 mil reclamações sobre serviços de comunicações eletrónicas, mais 65% face a igual período de 2019.  Os problemas com a gestão dos contratos (23%), o cancelamento de serviços (19%) e as avarias (15%) foram os assuntos mais reclamados nas comunicações eletrónicas.

Em comparação com outubro de 2019, a ligação inicial ou instalação (+89%), bem como o cancelamento de serviços (+79%) e o atendimento (+62%) foram os principais assuntos das queixas apresentadas.

No setor postal, registaram-se 1,8 mil reclamações, mais 28% em termos homólogos. Os CTT foram o principal alvo das queixas que chegaram até à Anacom, registando um crescimento de 41%, para 1,5 mil reclamações, em outubro.

“O atraso na entrega continuou a ser o assunto mais reclamado (20%), a falta de tentativa de entrega foi o assunto que mais aumentou face a igual período do ano passado (+85%)”, segundo a Anacom.

Reclamações diminuem mas não para níveis pré-Covid-19
De acordo com o regulador das comunicações, o volume de queixas apresentadas em outubro diminuiu face ao valores “mais elevados atingidos no início do verão”. Contudo,as queixas ainda “são registadas em número muito superior ao que se verificava antes da pandemia”.

Das 11,7 mil reclamações, mais de 60% foram registadas através do livro de reclamações eletrónico da Anacom. As queixas apresentadas ao regulador por via telefónica, correio eletrónico e correio físico também “aumentou face a outubro de 2019 (+36%), tendo representado 13% das reclamações apresentadas pelos utilizadores de serviços de comunicações”.

O livro de reclamações físico registou pelo menos 3,1 mil reclamações em outubro de 2020. “A sua utilização parece estar novamente a descer em consequência das novas medidas de resposta à pandemia da Covide-19”, lê-se.

 

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