O consenso de mercado é de um Eur/Usd mais alto. O estreitar do diferencial de taxas de juro de médio prazo, com uma Fed provavelmente menos ativa, o risco político em torno de Trump e um euro “barato” (REER e PPP) torna esse prognóstico apetecível.

Porém, o Eur/Usd está em tendência de baixa desde 2008 e, num ciclo mais curto, desde abril de 2018. Os problemas na UE estão longe de estar resolvidos, num ano de mudanças no BCE, Comissão e Parlamento. Seguir o consenso de um euro mais forte é uma ideia a abandonar se o Eur/Usd cotar consistentemente abaixo de $1,12.

A libra já descontou parte dos riscos de um Brexit desordenado. Se o acordo para o Brexit passar no Parlamento, ou se houver a perspetiva de um segundo referendo, a libra tem muito espaço para ganhar. O mais provável é que a libra ainda enfraqueça antes de finalmente valorizar.

Duas divisas que podem valorizar face ao euro em 2019: a coroa norueguesa e o peso mexicano. A coroa, encostada aos mínimos históricos, poderá beneficiar quando o petróleo começar a recuperar. No caso do peso, o novo presidente AMLO poderá agradar ao mercado e a moeda tem como vento favorável taxas de juro muito altas.