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Mercado de escritórios em Lisboa com a maior ocupação dos últimos 11 anos

No mês de junho o aumento foi de 77% face ao período homólogo de 2018. Só no primeiro semestre foram colocados na totalidade mais de 100 mil metros quadrados. A “rápida absorção” de novos edifícios no mercado é a “prova da escassez de espaços para escritórios em Lisboa”, aponta especialista.
16 Julho 2019, 12h13

O setor dos escritórios registou em Lisboa a sua maior ocupação dos últimos anos no primeiro semestre de 2019, ao colocar na sua totalidade 101 mil metros quadrados, de acordo com os dados divulgados pela consultora imobiliária Savills esta terça-feira.

Só em junho registou-se um aumento de 77% face ao mesmo período do ano anterior, sendo que 64,3%, foi ocupado pela zona 1, designada como Prime e que engloba o eixo da Avenidade da Liberdade à Praça Duque de Saldanha.

De resto a zona 1 e 5 (Parque das Nações) representaram 52,9% de toda a área ocupada, com 24.037 e 28.463 mil metros quadrados, respetivamente. Das seis grandes zonas que integram o mercado de escritórios em Lisboa, somente a zona 4, que diz respeito ao centro histórico da cidade não registou qualquer transação no primeiro semestre de 2019.

No mês de junho de 2019 foram registadas 19 operações, menos sete do que no período homólogo de 2018, enquanto o primeiro semestre verificou um total de 93 operações, menos 15 do que no mesmo período do ano passado.

A zona 6, que engloba o corredor Oeste, integrando o eixo da A5 até Porto Salvo e Alfragide, foi quem teve o maior número de operações (28), que se traduziram em 12.593 mil metros quadrados.

No entanto, e de acordo com a consultora imobiliária “o ano de 2019, embora tenha vindo a apresentar valores superiores aos de 2018, não deverá fechar acima do take-up recorde dos últimos 10 anos registado no ano transato”.

A explicação para os números positivos até ao momento, “deve-se sobretudo à entrada no mercado de novos edifícios em zonas com taxas de disponibilidade muito baixas (sobretudo nas zonas 1 e 5), algo que não deverá repetir-se até ao final do ano, o que limitará novamente a oferta aos escassos espaços existentes”.

Rodrigo Canas, responsável da Savills Portugal, explica que “cerca de 34% da ocupação é justificado pela entrada no mercado de novos edifícios e a sua rápida absorção é a prova da escassez de espaços para escritórios em Lisboa, sobretudo espaços de grande dimensão e com disponibilidade imediata, o que acaba por tornar os processos de pré-arrendamento ou de atempada negociação dos contratos existentes, como uma tónica presente no mercado de Lisboa”.

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