[weglot_switcher]

Mercedes-Benz anuncia despedimento de mais de mil trabalhadores

A divisão de carros de luxo da marca alemã vai ser a mais afetada pelos despedimentos.
14 Novembro 2019, 12h08

Numa tentativa de poupar mais de mil milhões de euros em custos, a Mercedes-Benz anunciou, entre outras medidas, o corte de mais de mil postos de trabalho. A aposta em carros elétricos é um dos grandes objetivos da marca alemã, mas a diminuição no fluxo de vendas de carros a combustíveis fósseis obriga a empresa a procurar alternativas para financiar os seus projetos, segundo o The Guardian.

A divisão dos carros ‘premium’ é onde o corte dos postos de trabalho vai ser mais acentuada, permitindo uma poupança a rondar os mil milhões de euros. Os gestores da empresa e os trabalhadores sub-contratados estão entre os mais afetados, permitindo à Mercedes-Benz poupar 650 milhões, a que se junta a vertente das carrinhas e dos camiões.

As fabricantes de automóveis a combustíveis fósseis enfrentam um período transitório especialmente importante, depois da União Europeia ter anunciado que a partir do dia 1 de janeiro vai aplicar multas pesadas a carros que contabilizem emissões superiores a 95g de CO2 por quilómetro.

Com a aproximação da data limite, são cada vez mais as fabricantes que estão a mudar a sua estratégia para uma produção mais “amiga” do ambiente, apostando para isso em carros elétricos e no desenvolvimento das respetivas baterias.

A Daimler, casa mãe da Mercedes, anunciou através do seu presidente executivo Ola Källenius, que “esta meta vai ter um impacto negativo nas nossas receitas em 2020 e 2021. Para continuarmos a ter sucesso no futuro temos de agir agora e reforçar as nossas finanças”.

A produção automóvel enfrenta agora um dos maiores desafios da história, depois do agravamento das condições climáticas ter obrigado vários países, incluindo os da União Europeia, a unir esforços e assegurar que as emissões de CO2 são reduzidas drasticamente, a começar pela indústria automóvel.

Os carros elétricos parecem ser a alternativa natural, mas os custos da transição poderão significar mais postos de trabalho a serem cortados um pouco por todo o mundo.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.