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México e Chile querem “recuperar peso da América Latina”

O ministro dos Negócios Estrangeiros mexicano, Marcelo Ebrard, reuniu-se em Santiago do Chile com Gabriel Boric e ambos pretendem que “a voz da América Latina recupere peso a nível internacional”.
6 Janeiro 2022, 23h33

O ministro dos Negócios Estrangeiros mexicano, Marcelo Ebrard, reuniu-se esta quinta-feira em Santiago do Chile com o presidente eleito chileno, Gabriel Boric, indicando que ambos pretendem que “a voz da América Latina recupere peso a nível internacional”.

“Quanto mais próximos estivermos nós, os maiores países da América Latina, melhor nos sairemos, como demonstra o que conseguimos avançar agora no combate à pandemia”, declarou Ebrard à entrada do centro de operações do próximo chefe de Estado chileno, chamado “La Moneda pequeno” (referência ao palácio de La Moneda, sede da Presidência da República).

O ministro mexicano confirmou a sua presença na cerimónia de posse do esquerdista Boric, a 11 de março, e indicou ter-lhe feito um convite para visitar o México e reunir-se com o Presidente, Andrés Manuel López Obrador.

“Entusiasma-nos e enche-nos de esperança o programa e o que representa o novo Governo”, afirmou Ebrard, garantindo também que a relação entre os dois executivos será “calorosa e próxima” e que trabalharão juntos para que os respetivos “povos vivam melhor nos próximos anos”.

Boric, o presidente eleito mais jovem e mais votado da história do Chile, anunciou em finais de dezembro que as relações internacionais seriam “tremendamente importantes” no seu Governo e que daria “prioridade à Aliança do Pacífico”, bloco comercial regional composto por Chile, Colômbia, México e Peru.

Crítico feroz do modelo neoliberal instalado durante a ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990), o ex-dirigente estudantil promete uma profunda agenda de mudanças para aumentar o papel do Estado rumo a um modelo assistencialista semelhante ao europeu, com uma tónica ecologista, feminista e regionalista.

Ainda deputado pela província meridional de Magallanes, Boric foi um dos principais impulsionadores do processo constituinte em curso, concebido como a saída institucional para a contestação popular de 2019, e deverá também liderar a aplicação das normas da nova Constituição, se esta for aprovada em referendo.

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