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Michel Barnier: “Jamais o risco de um ‘não acordo’ no Brexit foi tão elevado”

O negociador-chefe da União Europeia para o ‘Brexit’ advertiu esta quarta-feira para o risco de uma saída desordenada do Reino Unido.
  • União Europeia
16 Janeiro 2019, 08h51

O negociador-chefe da União Europeia para o ‘Brexit’ advertiu esta quarta-feira que o risco de uma saída desordenada do Reino Unido “nunca foi tão elevado”, pelo que a UE a 27 vai acelerar os preparativos para tal eventualidade.

Num debate no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, no dia seguinte ao chumbo do acordo de saída pelo Parlamento britânico, Michel Barnier disse que uma saída ordenada continua a ser “a prioridade absoluta” da UE, que deve todavia preparar-se para o cenário que sempre quis evitar, o de um “não acordo”, cada vez mais provável.

Na terça-feira, os deputados britânicos rejeitaram o acordo negociado pela primeira-ministra Theresa May para a saída do Reino Unido da UE, numa votação que o negociador-chefe da UE para o ‘Brexit’ considerou “clara como água”, já que o acordo teve 432 votos contra e apenas 202 a favor.

“No momento em que vos falo, nenhum cenário pode ser excluído, e isso é particularmente verdade no caso do cenário que sempre quisemos evitar, o de um ‘não acordo’. Estamos em 16 de janeiro, a 10 semanas apenas do final do mês de março, ou seja, do momento escolhido pelo Governo britânico para se tornar num país terceiro. E hoje, a 10 semanas dessa data, jamais o risco de um ‘não acordo’ foi tão elevado”, declarou.

O responsável europeu insistiu que a vontade da UE a 27 “continua a ser evitar tal cenário” e apontou que também é necessário lucidez, pelo que vão ser intensificados os esforços para preparar essa eventualidade, que já foram iniciados há meses, num trabalho conjunto da Comissão Europeia, dos seus serviços e do secretariado-geral, em ligação com os Estados-membros e Parlamento Europeu.

“O trabalho vai ser acelerado, em ligação com todos os atores”, disse, apontando que serão acertadas “medidas de urgência para fazer face às eventuais consequências”.

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