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Microsoft deteta nova interferência russa nos Estados Unidos

Os hackers, associados ao poder militar de Moscovo, terão criado websites falsos que copiavam endereços do Senado dos Estados Unidos da América, do Instituto Republicano Internacional e do Instituto Hudson.
  • Lucy Nicholson / Reuters
21 Agosto 2018, 15h53

A Microsoft encontrou seis websites falsos utilizados por piratas informáticos russos em grupos políticos norte-americanos ligados ao Partido Republicano, noticia esta terça-feira o jornal britânico “Financial Times” (FT). A apenas três meses das eleições intercalares nos Estados Unidos, a multinacional de software de computação acusa um grupo ligado ao Kremlin, o APT 28 (também designado de “Fancy Bear” ou “Strontium”), de um esquema de phishing com plataformas falsas de Washington.

Os hackers, associados ao poder militar de Moscovo, terão criado websites falsos que copiavam endereços do Senado dos Estados Unidos da América e de duas organizações sem fins lucrativos conservadoras, o Instituto Republicano Internacional e do Instituto Hudson, conforme enumera o FT.

O diretor jurídico da Microsoft, Brad Smith, defende que os ataques contra a democracia estão a crescer, nomeadamente as tentativas de interferir nas campanhas dos candidatos ainda antes da próxima ida às urnas nos EUA. “Entidades estrangeiras estão a lançar ataques cibernéticos para interferir nas eleições e plantar discórdia (…). Infelizmente, a Internet tornou-se num meio para alguns governos roubarem e divulgarem informações, espalharem desinformação e potencialmente tentarem adulterar os sistemas de votação”, escreveu o porta-voz da tecnológica, num artigo publicado num blog.

Do outro lado da barricada, Moscovo nega as acusações. “A reação já é tradicional (…). Não sabemos de que hackers estão a falar, não sabemos em que consiste a influência nas eleições”, explicou Dmitry Peskov, um porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin.

Segundo o matutino, um tribunal norte-americano autorizou a Microsoft a assumir o controlo dos seis domínios dos sites em causa.

No mês passado, o presidente Donald Trump, mesmo a lado-a-lado com o seu homólogo russo, efendeu que aceita a conclusão dos serviços secretos norte-americanos de que a Rússia teve influência nas últimas eleições do país, ainda que essa ‘mão’ da Rússia não tivesse acabado por ter impacto, uma vez que derrotou a adversária democrata Hillary Clinton.

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