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Miguel Albuquerque: “A Madeira está no mapa das tecnológicas e a ambição é crescer”

No primeiro stand da Madeira na Web Summit, o presidente do Governo Regional sublinhou que além de oferecer um conjunto de apoios, incubadoras e incentivos fiscais para a fixação de empresas tecnológicas, a Região tem também políticas na área da educação para fomentar capacidade tecnológica ao nível dos recursos humanos.
7 Novembro 2018, 18h48

A aposta da Madeira para atrair empresas tecnológicas tem produzido resultados e ajudado a economia da Região a combater barreiras estruturais como a insularidade, afirmou Miguel Albuquerque esta quarta-feira durante a Web Summit, em Lisboa

Em declarações ao Económico Madeira, o presidente do Governo regional explicou a lógica por trás da primeira participação da Madeira no evento tecnológico, com um stand num dos pavilhões da FIL.

“Era oportuno e adequado dado que há alguns anos trabalhado para apoiar as empresas as startups no âmbito das novas tecnologias. Temos lá a delegação do MIT com a Universidade da Madeira, temos empresas de nível europeu sediadas na Madeira e um conjunto de profissionais, sobretudo na área das engenharias, a trabalhar nessas empresas”, disse Albuquerque.

“Nós já estamos no mapa e ambição é continuar a crescer, porque esta área, em termos estratégicos, é muito importante para a nossa economia. Corresponde ao nosso ideal, se nós tivermos um naipe de tecnológicas na Madeira ganhamos uma centralidade.  Do ponto de vista tecnológico, não interessa se a empresa está na Madeira ou noutro sítio, a tecnologia vem, no fundo, suprimir aquilo que é uma dificuldade estrutural, que é a insularidade” acrescentou.

O presidente do Governo Regional sublinhou que Região, além de oferecer um conjunto de apoios, incubadoras e incentivos fiscais para a fixação de empresas tecnológicas, tem também políticas na área da educação para dotar a Madeira de capacidade tecnológica ao nível dos recursos humanos.

“Temos tido muito bons resultados, quer a nível das matemáticas aplicadas quer das tecnologias no ensino. Temos desenvolvido no curriculo complementar do secundário a robótica, e isso tem dado um grande resultado para despertar na novas gerações a apetência para as novas tecnologias”, referiu.

A delegação madeirense na Web Summit é constituída por empresas como a Nearsoft (convidada diretamente pela Websummit) ACIN, GesTools ASPa, Xis Groupb, SDM e organismo como o MITI, a Universidade da Madeira, o Governo Regional da Madeira, a Startup Madeira e a Madeira Invest.

Entre as startups estão a Connecting Software KG, a Wizzit, a IdocPassport, a FloatingParticle, e a Portable Exergame Platform for Active Ageing (PEPE).

Questionado sobre o que o Governo da República poderia implementar ou alterar para fomentar a inovação e o investimento na tecnologia na Madeira, Miguel Albuquerque salientou o financiamento da Universidade da Madeira.

“Temos que ver alterado aquilo que são os apoios à nossa universidade. Do ponto de vista nacional, a Universidade da Madeira é uma universidade nacional, mas, tal como a Universidade dos Açores, não tem acesso aos fundos nacionais”, explicou.

“A Universidade da Madeira está a ser discriminada, tal como a dos Açores, e não faz sentido, porque, antes pelo contrário, deviam estar a ser apoiadas a nível dos fundos comunitários para desenvolver as atividades”, concluiu o presidente do Governo Regional.

 

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