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Miguel Maya considera que é necessário alargar prazo das moratórias na hotelaria e restauração

“Há setores que não vão estar a gerar fluxo de caixa no final do primeiro trimestre do próximo ano, mesmo que houvesse vacina” conta a Covid-19, vincou Miguel Maya, destacando os setores da restauração, hotelaria e os estabelecimentos de entretenimento noturno.
  • Cristina Bernardo
28 Julho 2020, 18h32

O presidente executivo do Millennium bcp, Miguel Maya, vincou esta terça-feira que há setores de atividade económica para os quais o prazo atual das moratórias, que termina em março de 2021, não é suficiente.

Em declarações na conferência de imprensa da apresentação dos resultados semestrais, que decorreu esta tarde, o CEO do BCP disse que “os prazos das moratórias para alguns setores não é suficientes”.

“Há setores que não vão estar a gerar fluxo de caixa no final do primeiro trimestre do próximo ano, mesmo que houvesse vacina” conta a Covid-19, vincou Miguel Maya, destacando os setores da restauração, hotelaria e os estabelecimentos de entretenimento noturno.

“Todos os setores que tenham elevada sazonabilidade, por exemplo, hotelaria e restauração. As vendas de noites [pelos hotéis] não são guardadas em stock para o próximo ano e na restauração ainda há pouca utilização. Os estabelecimentos de entretenimento noturno ainda não abrirem”, disse Miguel Maya.

O CEO referiu ainda que “há um conjunto de empresas que já estava numa situação periclitante antes da Covid” e, no contexto atual, “é expectável que venha a crescer o malparado, o ritmo deste crescimento depende da evolução da pandemia e do apoio do Estado à economia. É importante continuar a ter estes apoios até que de facto as empresas comecem a gerar cash flow“, realçou.

Até junho de 2020, o BCP aprovou mais de 97 mil moratórias às famílias no valor de quatro mil milhões de euros. Moratórias às empresas superaram as 26 mil e representaram 4,7 mil milhões de euros.

Nos primeiros seis meses do ano, a instituição financeira registou um resultado líquido de 76 milhões de euros, o que se traduz numa variação negativa homóloga de 55,3%. No primeiro semestre de 2019, o BCP teve lucros de 169,8 milhões de euros.

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