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Miguel Maya lembra que BCP pagou 56,2 milhões ao Fundo de Resolução e ao Estado

Sobre as moratórias, o banco lembra que expiraram em setembro 6,2 mil milhões de euros e 90% do montante de moratórias em setembro corresponde a crédito performing. 
27 Outubro 2021, 18h50

As contribuições para o Fundo de Resolução nacional e Estado português somaram 56,2 milhões de euros e o CEO do banco fez questão de realçar o peso dessas contribuições em Portugal quando os lucros consolidados até setembro somaram 59,5 milhões de euros nos nove meses.

O resultado em Portugal foi melhor, foi de 115,2 milhões, subindo 25%.

As contribuições obrigatórias em Portugal somaram 77,2 milhões de euros, das quais a contribuição extraordinária para o sector bancário pesou 33,1 milhões de euros; a fatura do Fundo de Resolução soma 17 milhões e o adicional de solidariedade 6,2 milhões. Tudo perfaz os 56,2 milhões salientado pelo CEO. O remanescente é a contribuição do BCP para o Fundo de Resolução europeu.

Nas contribuições obrigatórias das operações internacionais do grupo somaram 73 milhões de euros.

Ao todo o grupo pagou 150 milhões em contribuições obrigatórias (em Portugal e no estrangeiro).

Sobre as moratórias, o banco lembra que expiraram em setembro 6,2 mil milhões de euros e 90% do montante de moratórias em setembro corresponde a crédito performing.

Apesar do fim do regime das moratórias no final de setembro, o banco liderado por Miguel Maya ainda tem 730 milhões de euros de moratórias vivas, das quais 106 milhões a famílias essencialmente (98%) relativo a crédito hipotecário. Depois há 624 milhões de crédito a empresas. Estas são adesões que tiveram lugar entre janeiro e março e que permitiu aos clientes beneficiarem da medida por mais nove meses no máximo, com as moratórias a terminarem agora entre outubro e dezembro.

“Não estamos,  face ao diagnóstico, preocupados com a evolução do crédito vencido das moratórias que foram canceladas. Estamos mais preocupados com o impacto da subida dos custos nas empresas”, disse Miguel Maya.

No que toca aos imóveis recebidos em dação e Fundos de Reestruturação, o BCP reportou que  o valor em balanço dos imóveis recebidos em dação soma 641 milhões, incluindo imparidades de 135 milhões, sendo o valor líquido de 506 milhões de euros. O que traduz uma redução de 252 milhões face a setembro de 2020, ou seja menos 33,2%.

A carteira líquida de imóveis recebidos em dação reduziu-se 33,2% entre setembro de 2020 e setembro de 2021. O valor da carteira, calculado por avaliadores independentes, situa-se 31% acima do respetivo valor contabilístico, diz o banco.

O BCP vendeu 1.376 imóveis nos primeiros nove meses de 2021 (o que compara com 1.511 imóveis nos primeiros nove meses de 2020), tendo o valor de venda excedido o valor contabilístico em 16 milhões de euros. O valor da venda foi 180 milhões e o valor contabilístico era de 164 milhões de euros.

Já o saldo em fundos de reestruturação empresarial desceu 7,2% para 789 milhões em setembro de 2021. O crédito inicial nestes fundos totaliza 2.006 milhões, pelo que as imparidades totais (no crédito inicial e nos fundos) correspondem a uma cobertura de 61%.

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