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Miguel Morgado não será candidato à liderança do PSD

O ex-deputado admite não ter conseguido reunir os apoios necessários para formalizar a candidatura, mas garante que não vai deixar de tomar posição para “chamar o partido para a verdadeira vocação de força decisiva do reformismo em Portugal”.
Miguel Morgado é um rosto conotado com a anterior liderança de Pedro Passos Coelho. O setubalense foi um dos principais críticos pelo resultado conquistado pelo PSD nestas Legislativas de 2019
22 Novembro 2019, 13h09

Miguel Morgado, antigo assessor de Pedro Passos Coelho, anunciou esta sexta-feira que não será candidato à liderança do Partido Social Democrata (PSD). O ex-deputado admite não ter conseguido reunir os apoios necessários para formalizar a candidatura, mas garante que não vai deixar de tomar posição para “chamar o partido para a verdadeira vocação de força decisiva do reformismo em Portugal”.

“Pude constatar a disponibilidade de muita gente para estar comigo neste combate. Mas apesar desses apoios, não foi infelizmente possível no presente momento reunir todos os meios necessários para tornar efetiva a candidatura em tempo útil. Por isso, é com pena, mas sem azedume, que não levarei por diante a candidatura”, escreveu Miguel Morgado, numa publicação feita no Facebook.

O antigo deputado social-democrata reconhece que “há já algum tempo tenha formado a intenção de avançar com uma candidatura” que não fosse uma mera candidatura de sucessão, mas de ” posicionamento e de reorientação do rumo futuro do partido”.

“Inviabilizada a candidatura, a questão para mim e para os que estão comigo é apenas a de procurar outras vias para prosseguir a ação iniciada”, indica.

Miguel Morgado garante que vai continuar a lutar para “mudar o rumo errado que o atual presidente impôs ao partido, de subalternização do PSD perante o PS e a esquerda”. E salienta: “Não deixarei de tomar posição e de procurar outras vias para combater aberta e lealmente essa orientação, e para chamar o partido à sua verdadeira vocação de força decisiva do reformismo em Portugal”.

“Há muito que me convenci da necessidade de derrotar a estratégia ruinosa para o partido e sobretudo para o país que foi protagonizada nos últimos dois por Rui Rio, e que ele se propõe continuar por mais dois anos se assim os militantes lhe confiarem um outro mandato”, afirma o ex-assessor de Pedro Passos Coelho. “Não é só o futuro do PSD, mas também o futuro do país que neste momento dependem do reencontro do PSD consigo próprio”.

“Não faltarei ao dever de continuar a contribuir sem ambiguidades para salvaguardar o que o PSD representa em Portugal, como partido que tradicionalmente protagonizou a luta de uma sociedade que quer ser livre contra o domínio socialista do Estado, que nos definha e empalidece todos os dias”, diz.

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