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Miguel Stilwell vai ganhar o mesmo que Mexia até à próxima assembleia geral da EDP

O novo conselho de administração executivo do grupo EDP vai manter os mesmos salários até 14 de abril de 2021, quando tiver lugar a assembleia geral anual de acionistas.
19 Janeiro 2021, 11h24

Miguel Stilwell de Andrade vai ganhar o mesmo que António Mexia, pelo menos, até à próxima assembleia geral de acionistas do grupo EDP.

A decisão foi hoje aprovada com 89,39% de votos favoráveis. A AG da EDP contou com 73,90% dos acionistas da elétrica presentes, apurou o Jornal Económico.

Também a sua equipa vai manter os mesmos ordenados em vigor na elétrica. Eventuais alterações só na próxima AG anual que vai ter lugar a 14 de abril deste ano.

O primeiro ponto da assembleia geral extraordinária da elétrica foi assim aprovado na AG extraordinária desta terça-feira, que visava “deliberar sobre a prorrogação transitória da atual política de remuneração do Conselho de Administração Executivo (CAE) e sua aplicação aos membros deste Conselho a eleger para o mandato relativo ao triénio 2021-2023, a vigorar até à realização da Assembleia Geral Anual de 2021”.

Apesar de os membros do CAE manterem esta remuneração apenas durante quatro meses, é possível olhar para os valores que ainda vão permanecer em vigor até abril e que foram definidos em 2020. O presidente do CAE da EDP tem direito a uma remuneração anual fixa de 800 mil euros. Já o administrador com o pelouro financeiro e o presidente executivo da EDP Renováveis ficam com um salário de 560 mil euros cada anualmente. Por sua vez, os restantes membros do CAE ficam a ganhar 480 mil euros cada por ano.

No total, o grupo EDP pagou 11 milhões de euros brutos ao CAE em 2019, que contava então com mais dois administradores face ao atual: Martins da Costa e Marques da Cruz. Do anterior CAE também saíram António Mexia, João Manso Neto e Teresa Pereira.

António Mexia recebeu um total de 2,17 milhões de euros em 2019, com mil milhões de remuneração fixa, incluindo montantes relativos a Plano Poupança Reforma,  325 mil de remuneração variável referente a 2018 e e 826 mil euros em remuneração variável que diz respeito à avaliação de desempenho relativa a 2016. Em 2018, António Mexia tinha recebido um total de 2,199 milhões de euros do grupo EDP.

Os administradores executivos da empresa também têm direito a planos de poupança-reforma (PPR) no montante líquido de 10% da sua remuneração fixa anual.

Depois dos valores fixos, há as componentes variáveis. A anual está limitada a 80% da remuneração fixa por ano e estabelece que se o “desempenho atingir menos de 90% dos objetivos fixados, não há lugar à atribuição de componente variável anual”.

No primeiro de quatro escalões, se o desempenho ficar entre 90%-95% dos objetivos fixados, tem direito a um montante situado entre 8% e 24% da remuneração fixa dos administradores. No seu escalão máximo, se o desempenho ficar acima de 110% dos objetivos, tem direito a 80% da remuneração fixa estipulada para os administradores.

Depois há a componente variável plurianual que pode atingir os 120% da remuneração fixa. Abaixo de 90% dos objetivos, não há direito a compensação. No primeiro de quatro escalões, se o desempenho fica entre 90% a 95% dos objetivos, é definido um montante entre 12% a 36% da remuneração fixa dos administradores. No escalão máximo, se o desempenho for superior a 110% dos objetivos, tem direito a 120% da remuneração fixa dos administradores do CAE.

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