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Milhares de turistas regressam ao Reino Unido para evitar quarentena

“Estávamos a desfrutar de uma bebida na noite passada e, de repente, um flash de notícias aparece e começou uma correria para reservar voos”, contou à “BBC” um turista que esteve em Nice, em França, e tentava regressar ao Reino Unido.
14 Agosto 2020, 19h17

Milhares de turistas estão a tentar regressar ao Reino Unido devido à quarentena imposta a seis novos países, entre eles a França e Holanda, avançou a BBC esta sexta-feira, 14 de agosto.

“Tivemos de gastar cerca de 800 libras (885 euros) em dois voos porque não podemos tirar outras duas semanas de folga do trabalho”, explicou Tom Duffell, um turista entrevistado pela BBC. Tom Duffell referiu que encontrou “filas enormes” no aeroporto esta sexta-feira, quando voltava de Nice com a esposa e os dois filhos. “Estávamos a desfrutar de uma bebida na noite passada e, de repente, um flash de notícias aparece e começou uma correria para reservar voos”, garantiu Tom Duffel.

Outra turista entrevistada pela BBC, Stephanie Thiagharajah, que é francesa mas vive em Kent, no Reino Unido, criticou a forma “maníaca” como a quarentena foi imposta depois de ter passado uma “noite muito stressante” a tentar reservar lugar num comboio de Paris para Londres. “O Eurostar estava cheio de famílias, com medo de ser colocadas em quarentena, definitivamente irritadas”, recordou Stephanie Thiagharajah

Segundo a BBC, foram adicionados serviços extras aos barcos, mas os comboios da Eurotunnel estão lotados até sábado e os passageiros aéreos enfrentam preços altos.

A empresa de navegação P&O Ferries disse à BBC que aumentou a capacidade dos barcos da classe Spirit, mas sublinhou que os passageiros ainda devem reservar com antecedência, em vez de apenas comparecer nos portos da França, Holanda ou Bélgica. Por sua vez, a empresa de transportes dinamarquesa DFDS Ferries apontou que acrescentou quatro partidas extras de Calais para ajudar os britânicos a voltarem a tempo.

O secretário de Estado do Turismo britânico clarificou que “trabalhamos tanto para reduzir o nível de infeções, a última coisa que queremos é que as pessoas voltem e tragam a infeção com elas. É para a proteção de todos”. No entanto, a França alertou que tomará “medidas recíprocas”.

Grant Shapps esclareceu que os países como a França e a Holanda foram alvo de restrições porque as suas taxas de infeção ultrapassaram os 100.000 infetados em sete dias . O secretário de Estado do Turismo lembrou que atualmente, em França, estão cerca de 160 mil turistas.

 

 

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