Foi aberto um inquérito judicial aos confrontos entre agentes da PSP e moradores do Bairro da Jamaica, no Seixal, que resultou em vários feridos e na detenção de um cidadão angolano residente em Portugal, revela a Procuradoria Geral Distrital de Lisboa (PGDL). Acontecimentos deste fim de semana levaram já também o governo de Luanda a enviar um protesto diplomático ao executivo de António Costa.
“No âmbito desse processo serão investigados todos os factos que cheguem ao conhecimento do Ministério Público, incluindo os relacionados com a atuação policial”, avança a PGDL, em comunicado, acrescentando que “decorrem, neste momento, diligências de recolha de prova”.
Os confrontos motivaram uma queixa de racismo no Ministério Público, interposta pela associação SOS Racismo.
O cidadão angolano foi detido, tendo sido acusado de atirar uma pedra a um agente da PSP, que ficou ferido. Segundo a PGDL, na sequência dos incidentes foi efetuada uma detenção, por resistência e coação sobre funcionário. Este detido foi sujeito a primeiro interrogatório não judicial, tendo ficado com termo de identidade e residência.
Hortêncio Coxi, entretanto já libertado, disse que não atirou pedras e que foi ele próprio agredido na esquadra por polícias.
Também a PSP já anunciou um inquérito ao que se passou este fim de semana no Bairro da Jamaica. E as versões dividem-se. A PSP diz que um seu carro e respetivos agentes foram recebidos à pedrada quando foram chamados a resolver uma resolver uma desavença entre moradores que ocorrera numa festa de aniversário.
Angola envia protesto diplomático
O governo de Luanda enviou um protesto diplomático ao executivo de António Costa, na sequência dos confrontos entre agentes da PSP e moradores do Bairro da Jamaica, no Seixal, que resultou em vários feridos e na detenção de um cidadão angolano residente em Portugal.
A notícia do protesto diplomático foi avançada pela Rádio Nacional de Angola (RNA), que revelou ainda que esta iniciativa foi motivada pelo vídeo amador, a circular nas redes sociais, que mostra os confrontos, e que já motivou uma queixa de racismo no Ministério Público.
Logo a seguir à divulgação do vídeo, a PSP anunciou um inquérito sobre os confrontos, assegurando que foi recebida com arremessas de pedras, após ter sido chamada devido a uma desavença entre moradores que ocorrera numa festa de aniversário. Já os habitantes do bairro garantem que os agentes iniciaram as agressões.
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