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Ministra da Saúde apela a “atenção muito particular” dos organizadores e participantes em manifestações

Ministra da Saúde destaca que todos os resultados do rastreio junto dos setores da construção civil e de empresas dependentes de trabalho temporário deverá estar concluído no final desta segunda-feira. Consultas nos hospitais e centros de saúde de Lisboa, Sintra, Amadora, Odivelas e Loures podem continuar suspensas nos próximos dias.
  • Lusa
7 Junho 2020, 14h29

A ministra da Saúde, Marta Temido, apelou neste domingo, na conferência de imprensa após a divulgação de mais 342 casos e cinco mortes provocadas pela Covid-19 nas últimas 24 horas, aos organizadores e participantes em manifestações e outros eventos que resultem em aglomeração de pessoas para prestarem “atenção muito particular à forma como decorrem, independentemente dos motivos que os determinam e nos quais todos nos revemos”..

Reagindo a uma pergunta acerca da manifestação anti-racista que juntou na véspera milhares em Lisboa, Marta Temido recordou que Portugal já não se encontra em estado de emergência, pelo que se deve apelar à “responsabilidade individual e coletiva”. No entanto, a ministra deixou um reparo a que não tiver em conta “a boa necessidade de proteção”, salientando que não ter esse cuidados equivale a “não valorizar o trabalho realizado na saúde pública”.

A ministra da Saúde destacou que os números de infetados vão continuar a subir na região de Lisboa e Vale do Tejo nos próximos dias, atribuindo esse aumento ao rastreio efetuado pelas autoridades de saúde junto dos setores da construção civil e das empresas de trabalho temporário na Área Metropolitana de Lisboa, deverão ser todos conhecidos até ao final desta segunda-feira. Falta neste momento analisar cinco mil das 14 mil amostras biológicas recolhidas sobretudo junto de pessoas assintomáticas, tendo até agora sido detetados 396 casos positivos (4,4% do total).

Com a região de Lisboa e Vale do Tejo “a representar de forma consistente” 70% dos casos de novos infetados, e com 80% desses casos concentrados nos concelhos de Lisboa, Sintra, Amadora, Loures e Odivelas, Marta Temido destacou a intervenção em áreas de atividade económica com “grande rotatividade de trabalhadores” e as respetivas redes de contactos sociais e familiares.

A ministra da Saúde disse que devido a esse esforço de contenção da Covid-19 foi dada a oportunidade aos hospitais e centros de saúde desses cinco concelhos – nos quais Sintra teve 273 novos casos nos últimos 15 dias, suplantando Lisboa (187), Amadora (171), Loures (135) e Odivelas (88) – de manterem a suspensão da atividade programada não urgente, o que se traduz na desmarcação de consultas. Algo que Marta Temido espera deixar de suceder “dentro de poucos dias”.

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