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Ministra da Saúde reconhece situação “muito grave” nos cuidados intensivos

“Posso dizer que no final deste mês abrirão mais 28 camas no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, e abrirão mais 11 camas no Hospital Fernando da Fonseca”, disse a ministra da Saúde em entrevista à “Rádio Renascença”.
  • António Cotrim / Lusa
26 Novembro 2020, 10h21

Com o número de cidadãos a precisar de internamento nas unidades de cuidados intensivos a aumentar devido à pandemia da Covid-19, a ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu em entrevista à “Rádio Renascença” que a situação atual é bastante séria.

“A situação é muito grave, mas felizmente o número de camas de cuidados intensivos de que dispomos no SNS [Serviço Nacional de Saúde] tem alguma capacidade de ajustamento e isso significa que tem sido possível diariamente e semanalmente, encontrar capacidade para acomodar aquilo que são necessidades”, assumiu a ministra ao programa Hora da Verdade da “Rádio Renascença”, sustentando que esta capacidade é possível devido “ao esforço dos profissionais de saúde” e ao “esforço dos dirigentes”.

Embora sem revelar um número certo de camas que sobram atualmente para o número de doentes, Marta Temido disse que o Ministério da Saúde tem “estado a abrir mais camas”. “Posso dizer que no final deste mês abrirão mais 28 camas no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, e abrirão mais 11 camas no Hospital Fernando da Fonseca”.

À data de ontem, estavam internadas 517 pessoas em cuidados intensivos, um aumento de 11 pessoas face ao número do dia anterior. De acordo com a ministra da Saúde, “a capacidade que tínhamos para acolher doentes Covid podia ir numa primeira fase até às 589 camas e depois até às cerca de mil camas, com o prejuízo de outra atividade assistencial, e é isso que nos preocupa”.

A ministra da Saúde esclareceu que enquanto a pandemia se estender, o SNS e o Ministério irão continuar a aumentar o número de camas disponíveis. Em março, o número de camas disponíveis era de 431, mas com as “progressivas expansões” realizadas pelas entidades foi realizada uma adaptação para o limite máximo de mil camas”, sustentou a ministra, voltando a referir que “este número é já com prejuízo à resposta a outras áreas de atividade”.

“Nós, neste momento, estamos já numa situação que posso dizer que é complexa, grave e que exige uma gestão diária de grande esforço pelas unidades de saúde e de grande articulação entre as unidades de saúde. E estamos com cerca de 500 internados em UCI. Portanto, é natural que este esforço tenha um significado cada vez mais impactante em termos daquilo que é a necessidade de desprogramação de outras áreas de atividade assistencial”, sublinhou Marta Temido ao programa Hora da Verdade.

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