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Ministro da Cultura de Espanha demite-se uma semana após assumir cargo

Màxim Huerta é acusado de ter defraudado o Fisco espanhol em 218 mil euros, nos exercícios de 2007 a 2009. “Para defender aquilo que mais amas, às vezes, é necessário retirares-te”, escreveu Màxim Huerta, na rede social Twitter. Segundo o jornal “El País”, o ministro demissionário apenas vai receber cerca de 1.000 euros (1.183 euros brutos) pelo tempo que esteve no poder.
13 Junho 2018, 18h19

O ministro da Cultura e do Desporto de Espanha demitiu-se esta quarta-feira na sequência de uma acusação de fraude fiscal ao Fisco espanhol. Apenas uma semana depois de ter sido nomeado por Pedro Sánchez, Màxim Huerta renunciou ao cargo no governo de Madrid. O antigo governante é acusado de ter defraudado o Tesouro espanhol em 218 mil euros.

A notícia das irregularidades com a ‘Hacienda’ foi avançada hoje pela agência espanhola “EFE”, que adiantou ainda que o agora ex-ministro, empossado há menos de uma semana, já liquidou o montante de 366 mil euros a que foi obrigado a pagar aos cofres públicos de Espanha e que estava em dívida.

Màxim Huerta recorria a uma sociedade, a Almaximo Profesionals de la Imagen SL, que lhe permitia uma menor tributação de um rendimento que auferia enquanto jornalista na cadeia de televisão Telecinco, com a participação no Programa de Ana Rosa, de acordo com a informação veiculada pela imprensa local.

Com sete dias de mandato, Màxim Huerta tornou-se automaticamente no ministro com o governo mais curto da democracia espanhola. A agência “Europa Press” lembra que o até agora responsável da tutela da Cultura e do Desporto superou o (breve) tempo do ex-ministro da Agricultura, Pescas e Alimentação José Luis García Ferrero, que exerceu essas funções durante 81 dias (13 de setembro e 2 de dezembro de 1981), tirando-o deste ‘pódio’.

Segundo o jornal “El País”, o ministro demissionário apenas vai receber cerca de 1.000 euros (1.183 euros brutos) pelo tempo que esteve no poder, não auferindo da habitual compensação financeira para altos funcionários do Estado.

“Para defender aquilo que mais amas, às vezes, é necessário retirares-te”, escreveu Màxim Huerta, na rede social Twitter, poucos minutos depois de ter anunciado a renúncia ao cargo no executivo de Pedro Sánchez.

https://twitter.com/maximhuerta/status/1006952477776859138

Notícia atualizada às 18h48

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