[weglot_switcher]

Ministro da Energia de Cabo Verde garante que Electra não será privatizada este ano

“Há privados já a manifestar interesse em investir no setor da energia em Cabo Verde”, disse Alexandre Monteiro.
14 Novembro 2019, 13h00

O ministro da Indústria, Comércio e Energia de Cabo Verde disse esta quarta-feira que a privatização da Electra não vai ser este ano, mas admitiu que se está a elaborar o trabalho técnico de suporte para ser apresentado ao governo cabo-verdiano.

“O processo [da privatização da Electra-empresa de produção de água e energia] está a decorrer normalmente. Há um plano em fase de preparação técnica, estudos e elementos para depois o Governo tomar a decisão em relação à estratégia da privatização”, precisou Alexandre Monteiro.

O governante fez estas declarações à imprensa à margem do instituto de perguntas ao executivo por parte dos deputados, que chamaram à sessão plenária da primeira quinzena de Novembro o ministro da Energia para o questionarem sobre o sector e as medidas em curso.

Segundo Alexandre Monteiro, para a privatização da Electra se está a preparar os “documentos estratégicos”, isto é, o quadro legal e todo o dossiê técnico.

Questionado sobre se já foi identificado algum parceiro interessado na Electra, afirmou que ainda não, tendo em conta, disse, que só a partir do quadro legal se começa a interacção em termos de “manifestação de interesse”. “Ninguém manifesta interesse em que legalmente ainda não existe”, indicou.

Relativamente aos recentes apagões que têm afetado os grandes centros urbanos do país, nomeadamente Praia e Mindelo, reconheceu que estas situações “devem ser evitadas”, mas, observou, “quando se trata de máquinas, há situações que ultrapassam as previsibilidades”.

No que tange à capital do país, revelou que a situação não tem nada a ver com a produção, mas sim com a rede. “Quando há situações de danificações e perturbações na rede e danos, inclusive provocados por terceiros, obriga a interrupção localizada de fornecimento de energia para evitar a paralisação geral das máquinas”, esclareceu o ministro, acrescentando que se está a fazer investimentos com vista a melhorar a “qualidade de gestão da rede”.

Quanto à Electra ser ou não uma empresa financeiramente saudável capaz de suscitar interesse da parte de algum parceiro internacional, respondeu: “Mais do que uma empresa estamos a falar de um mercado energético. Estamos a falar de um sector com grande mercado e com perspetivas de um país em desenvolvimento”.

“Há privados já a manifestar interesse em investir no setor da energia em Cabo Verde”, conclui, apontando exemplo de investimentos privados na área das renováveis que ultrapassam os 25 milhões de euros, ou seja, mais de 2,5 milhões de contos cabo-verdianos.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.