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Ministro da Saúde adia decisão sobre dirigentes demissionários

Inspeção-Geral das Atividades em Saúde vai fazer um relatório sobre a viagem de quadros do Ministério pagas pelo operador de telecomunicações NOS.
28 Agosto 2017, 19h29

O ministro da Saúde só vai decidir sobre o pedido de demissão dos dirigentes do Ministério que viajaram para a China em viagens oferecidas pela NOS depois de conhecer as conclusões de uma investigação interna.

Os dirigentes identificados na polémica das viagens em 2015 – Rui Gomes, da Direção de Sistemas de Informação; Nuno Lucas, do departamento de Comunicações, Infraestruturas, Produção e Segurança; Rute Belchior, da Direção de Compras Transversais; Ana Maurício, responsável de Comunicação e Relações Públicas; e Artur Trindade Mimoso, vogal executivo do conselho de administração da SPMS – reuniram-se, esta segunda-feira, com o ministro da Saúde.

“Durante o dia de hoje ocorreram diversas reuniões com os referidos dirigentes, na sequência das quais foram colocados à disposição os respetivos lugares, em particular pelos senhores presidente e vogal do Conselho de Administração da SPMS”, explica o gabinete do ministro da Saúde, numa nota enviada à comunicação social.

A atitude dos dirigentes terem colocado os lugares à disposição foi considerada pela tutela como “positiva”.

O jornal Expresso noticiou, este fim-de-semana, que os cinco dirigentes beneficiaram da viagem paga à China pela empresa Huawei. Contudo, o Eco avança que a viagem foi paga pela empresa Nos. O ministro da Saúde decidiu na sequência das informações divulgadas “o pedido de intervenção urgente da Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS)”.

E é precisamente por estar a aguardar a intervenção da IGAS que o ministro da Saúde preferiu aguardar.

“Tendo em conta que a intervenção requerida à IGAS, com carácter de urgência, se encontra em desenvolvimento, entende o Ministério da Saúde ser adequado aguardar pelas respetivas conclusões, as quais habilitarão a uma tomada de decisão definitiva, justa e fundamentada”, frisa o ministério.

Não deixa, no entanto, de salientar que os factos “enquadram aspetos que carecem de clarificação ao nível do seu contexto ético, jurídico e institucional”.

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