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Ministro italiano acusa França de “nunca ter parado de colonizar” África

As declarações de Luigi di Maio levaram a que França convocasse Itália para responder aos comentários sobre África. As tensões entre os dois países têm-se vindo a agravar devido aos migrantes que atravessam o Mediterrâneo.
22 Janeiro 2019, 12h25

O vice-primeiro ministro italiano, Luigi di Maio, apelou à União Europeia para aplicar sanções sobre França devido às suas políticas em África. O também ministro da Economia do Governo italiano acusa França de “nunca ter parado de colonizar dezenas de estados africanos”, o que está a provocar um aumento das migrações, na sua opinião.

O Governo francês já convocou o embaixador italiano para lhe pedir explicações sobre estas declarações, avança a BBC esta terça-feira. O choque entre os dois países europeus começou quando França criticou o Governo italiano por não deixar os barcos com migrantes, que muitas vezes andam à deriva no Mediterrâneo, atracarem nos seus portos. Itália respondeu, acusando França de recusar aceitar migrantes.

Por seu turno, Matteo Salvini, ministro da Administração Interna italiano, afirmou que o Governo francês está a dar abrigo a “terroristas que mataram em Itália”.

Para agravar a tensão entre os dois países, Luigi di Maio mostrou o seu apoio ao movimento dos “coletes amarelos” em França. Recorde-se que os protestos dos “coletes amarelos” duram desde outubro de 2018, e já provocaram danos estimados em milhões de euros.

Para reforçar o seu ponto de vista, o vice-primeiro ministro italiano declarou que “a União Europeia deveria impor sanções a França e a todos os países como França, que empobrecem África e fazem com que essas pessoas tenham de sair, porque o povo africano deve ficar em África, e não no fundo do Mediterrâneo”. Esta declaração surgiu depois de as Nações Unidas dizerem que cerca de 170 migrantes morreram em dois naufrágios diferentes quando faziam a travessia no mar.

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