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Ministro para o Brexit disponível para alargar período de transição

“É uma via óbvia possível, desde que seja curta – talvez alguns meses”, disse Dominic Raab à BBC TV. As declarações de um dos principais rostos do divórcio Reino Unido-União Europeia surgem um dia depois de as ruas de Londres se encherem de apoiantes de um novo referendo.
  • Luke MacGregor/Reuters
21 Outubro 2018, 14h35

O ministro britânico para o Brexit disse este domingo estar disponível para estender o período de transição durante “alguns meses” após a saída do Reino Unido da União Europeia. As declarações de um dos principais rostos do divórcio Reino Unido-União Europeia surgem um dia depois de as ruas de Londres se encherem de apoiantes de um novo referendo que ‘apague’ os resultados do de 23 de junho de 2016.

“Se precisarmos de uma ponte desde o final do período de implementação até ao relacionamento futuro… Estou com a mente aberta sobre o uso de uma pequena extensão do período de implementação”, explicou Dominic Raab à BBC TV.

Em entrevista, o governante do Reio Unido admitiu essa hipótese caso isso signifique que a comunidade única descarta as suas propostas em relação à Irlanda (nomeadamente, o backstop na fronteira – i.e. uma espécie ferramenta de salvaguarda até haver solução para a separação entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte).

“É uma via óbvia possível, desde que seja curta – talvez alguns meses – e, em segundo lugar, que saibamos como sair dela. E, obviamente, terá de resolver o problema do backstop para que isto se torne uma possibilidade”, defendeu o ministro britânico Dominic Raab à cadeia televisiva local.

Já na quinta-feira a líder do governo britânico considerou a hipótese de negociar a extensão do período de transição depois de o Reino Unido sair da União Europeia, que termina em 2020. Ainda que o país não pretenda utilizar esse tempo extra, Theresa May confessou que 2021 seria a data desejável: “Uma ideia que surgiu – e neste momento é uma ideia – foi criar uma opção para estender o período de implementação por alguns meses. Seria apenas uma questão de uns meses”, afirmou a primeira ministra aos jornalistas presentes na cimeira de líderes europeus, que se realizou em Bruxelas.

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