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Moda e restauração lideram no número de aberturas de lojas de rua no primeiro semestre

Os setores de Moda e Restauração destacam-se no primeiro semestre, de entre as 153 aberturas no total. A avenida da Liberdade, o Chiado, o Cais do Sodré, Campo de Ourique e o Príncipe Real, são as zonas mais procuradas.
25 Julho 2017, 11h46

Segundo os dados divulgados pela consultora imobiliária Worx, o comércio de rua continua a manter a sua trajetória ascendente de sucesso, com níveis de procura muito elevados e particularmente direcionados para o setor da Restauração. Em termos de localizações preferenciais, continuam a destacar-se: Avenida da Liberdade, Chiado, Cais do Sodré, Campo de Ourique, Príncipe Real, com o objetivo de implementar novos conceitos.

A consultora refere ainda a subida na procura pelas Avenidas Novas. “Também estas começam mais ativamente a receber atenções de novos retalhistas. A intervenção do Eixo Central que incluiu a requalificação da Avenida da República, da Praça do Saldanha, da Praça de Picoas e Avenida Fontes Pereira de Melo vem contribuir para o incentivo a um maior tráfego pedonal, uma maior vivência da cidade, trazendo mais pessoas à rua através de vias de circulação mais amplas e convidativas”, revela a Worx em comunicado.

Em termos de comércio de rua, a Marca MyAuchan do Grupo Auchan, abriu duas lojas em Lisboa num conceito de proximidade com o consumidor. A Avenida da Liberdade recebeu novos conceitos: o restaurante JNCQuoi no Edifício Teatro Tivoli e a Cervejaria Liberdade no nº 185. Também a insígnia Padaria Portuguesa continua a sua estratégia de expansão com 4 novas aberturas na cidade de Lisboa. No formato de Centros Comerciais assistimos às aberturas da loja IKEA Loulé, à implementação da marca KIABI no Mar Shopping e no Forum Sintra, à abertura da loja H&M no Forum Coimbra.

Para a 2ª metade do ano está prevista a abertura do Mar Shopping, do Designer Outlet Algarve, e a abertura do Évora Shopping, num total de nova ABL superior a 90.000 m2.

De acordo com a consultora, em termos de investimento, o mercado de retalho esteve muito ativo neste 1º semestre: no total, foram transacionados 4 equipamentos comerciais – Albufeira Retail Park; Fórum Coimbra e Fórum Viseu, Portimão Retail Center e o Vila do Conde Style Outlet, num volume total de 390 milhões de euros.

“O Turismo continuará a ser o grande impulsionar do retalho, em particular do comércio de rua situado na zona histórica, onde se situam agora os restaurantes mais trendy, colocando Lisboa no mapa não só como Cidade Cool para visitar, como também por conseguir reunir um conjunto de fatores de muita atratividade: clima excelente, simpatia, experiências gastronómicas excecionais, preços muito acessíveis”, lê-se no relatório.

No que se refere a tendências, o departamento de Research & Consulting da Worx refere que “uma das grandes tendências é a aposta que tem sido feita pela abertura de novos restaurantes localizados em unidades hoteleiras. O conceito de ir almoçar ou jantar a um hotel, sem estar hospedado, começa a assumir-se cada vez mais como uma opção muito interessante para alguns consumidores. Conceitos inovadores que atraem uma massa de consumidores com maior poder de compra, empresários e turistas. A Restauração continuará a dominar a tabela de aberturas com marcas que tentam trazer algo de novo. Seja pela mão de retalhistas de origem nacional ou internacional, o comércio de rua tem sido o espelho do desafio que Lisboa enfrenta para marcar o seu lugar como uma das melhores cidades de europeias para viver ou visitar”.

O mercado tem registado uma subida nos valores de arrendamento, com o comércio de rua em Lisboa a registar um aumento e colocando-se nos 120 euros/m2 e o comércio de rua da cidade do Porto a manter-se nos 50 euros/m2

A procura elevada registada neste segmento, a par com uma oferta mais modesta, tem exercido pressão sobre os valores praticados.

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