[weglot_switcher]

Montepio regressa aos lucros no primeiro trimestre, com ganho de 11,1 milhões

Em declarações ao Jornal Económico, o CEO da Caixa Económica Montepio Geral defende que os resultados do trimestre refletem melhoria do negócio ‘core’ por via do aumento da margem financeira e do reforço da eficiência.
  • Cristina Bernardo
9 Maio 2017, 19h30

A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) fechou o primeiro trimestre de 2017 com um resultado líquido de 11,1 milhões de euros, face a um prejuízo de 19,8 milhões no período homólogo de 2016, anunciou o banco num comunicado divulgado no site da CMVM.

O resultado líquido do banco liderado por José Félix Morgado no primeiro trimestre representa assim uma melhoria de 30,9 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado. Segundo o Montepio, este desempenho está “assente na recuperação dos resultados do negócio core e na melhoria da eficiência da estrutura operativa”.

“Estes resultados são positivos e estão em linha com o plano estratégico traçado em 2015. Refletem o esforço que tem sido feito e a alteração do modelo de negócio da Caixa Económica”, disse o presidente-executivo (CEO) do Montepio, José Félix Morgado, em declarações ao Jornal Económico.

O CEO acrescentou que este esforço do Montepio tem passado pela melhoria do negócio bancário ‘core’, com a “melhoria da margem financeira e também do rácio de eficiência”.

“Mantemos uma perspetiva prudente quanto ao resto do ano, mas estamos otimistas”, salientou José Félix Morgado.

No primeiro trimestre, a margem financeira teve um crescimento homólogo de 35,6%, para 71,1 milhões de euros, beneficiando da redução do custo dos depósitos, segundo o banco. Já as comissões tiveram uma subida de 23,7% para 26,1 milhões de euros, devido à “maior dinâmica de negócio”.

O produto bancário ‘core’ aumentou 32,2% para 23,7 milhões de euros, enquanto os custos operacionais tiveram uma descida de 9,3%, no que se traduziu num rácio de eficiência ‘cost to income’ de 62%. Valor este que “está mais próximo do objetivo traçado no plano estratégico, que é chegar à média do mercado, que é em volta de 55%”.

Imparidades constituídas aumentam 25,6% para 35,1 milhões 

De acordo com o Montepio, “o custo do risco de crédito reduziu-se para 0,9%, face a 1,2% registado no final do ano de 2016, em resultado da política de rigor na concessão de crédito. O total de imparidade constituída atingiu 35,1 milhões de euros, mais 25,6% face ao período homólogo”.

Já o rácio de capital ‘common equity tier 1’ fixou-se em 10,2%, beneficiando da descida dos ativos ponderados pelo risco em 200 milhões de euros (graças sobretudo à venda de ativos imobiliários) e da correção ds fundos próprios, frisou o Montepio. “Os rácios de capital não incluem os efeitos positivos associados à adesão ao regime dos Ativos por Impostos Diferidos”, frisou o banco.

Os recursos de clientes ascendiam a 11,5 mil milhões de euros no final de março, contra 12,4 mil milhões de euros no fim de dezembro de 2016. Já o crédito a clientes era de 14,9 mil milhões, o que se traduz num rácio de transformação de 102,8%.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.