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Moody’s afirma que petrolíferas vão continuar prudentes nos gastos mesmo com a subida dos preços

A agência de notação financeira destaca o exemplo das estratégias de eficiência da brasileira Petrobras e da italiana Eni mesmo com recuperação dos preços.
17 Maio 2018, 09h32

A Moody’s considera que as petrolíferas apoiadas pelo Estado, a nível global, se têm empenhado em reduzir as despesas e cortar os investimentos mesmo com recuperação dos preços internacionais do petróleo. A agência de notação financeira norte-americana destaca o exemplo das estratégias de eficiência da brasileira Petrobras ou da italiana Eni, num relatório divulgado esta quinta-feira.

“Embora a estratégia de cada empresa nacional de petróleo (NOC, sigla em Inglês) dependa de vários fatores, como a relação das companhias com seus respetivos governos e com os preços nos mercados locais, de um modo geral, essas empresas esforçaram-se para cortar custos, ajustar estratégias de crescimento e vender ativos tanto quanto as companhias não apoiadas pelos governos o fizeram”, afirma Steve Wood, líder do departamento de petróleo e gás da Moody’s.

Segundo o responsável da agência, os ajustes levados a cabo nos últimos anos tornarão possível que algumas petro9líferas nacionais “invistam nos seus principais negócios, enquanto outras poderão ampliar produção ou presença geográfica internacional”, mesmo num contexto de recuperação dos preços do petróleo. Neste momento, o brent sobe 0,24%, para os 79,47 dólares por barril, e o crude WTI avança 0,31% para os 71,72 dólares.

A Moody’s recorda que tanto a brasileira Petrobras como a mexicana Pemex diminuíram os investimentos em capital expenditure (em bens de capital) e que a italiana Eni usou um modelo de exploração dupla durante o ciclo de preços baixos [2014-2016] “para gerar caixa com venda de ativos mesmo antes do início da produção”. À medida que os preços sobem, as medidas continuarão em vigor, acredita a entidade.

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