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Moody’s diz que a prespetiva de rating para os bancos europeus é “estável”

A Moody’s lembra que os testes de stress de 2021 da Autoridade Bancária Europeia mostraram a resiliência financeira dos bancos europeus. Os rácios de capital stressados para os bancos na Europa ficam em torno dos 10%, semelhantes aos do Reino Unido e dos Estados Unidos (EUA).
6 Dezembro 2021, 11h41

A perspetiva de rating para a maioria dos sistemas bancários europeus é estável, à medida que as condições operacionais se consolidam após uma forte recuperação em 2021, conclui a Moody’s Investors Service num relatório publicado hoje.

“A perspetiva estável é apoiada pela recuperação económica contínua, embora desigual”, disse Maria Cabanyes, vice-presidente sênior da Moody’s. “Os bancos europeus têm capital, reservas para perdas com empréstimos e liquidez suficientes para salvaguardar os seus perfis de crédito, embora as perspetivas para sua rentabilidade sejam fracas devido às baixas taxas de juros e ao lento progresso no aumento das taxas”.

A qualidade das carteiras de crédito enfraqueceu menos do que o esperado à medida que o apoio governamental relacionado à pandemia diminui. A Moody’s acredita que a eliminação gradual das medidas de suporte evitará um aumento nos empréstimos problemáticos, e os bancos centrais manterão sua política monetária acomodatícia até que a recuperação econômica seja mais segura.

A Moody’s lembra que os testes de stress de 2021 da Autoridade Bancária Europeia mostraram a resiliência financeira dos bancos europeus. Os rácios de capital stressados para os bancos na Europa ficam em torno dos 10%, semelhantes aos do Reino Unido e dos Estados Unidos (EUA). O impacto nos rácios de capital de uma conjuntura de elevado stress é estimado em 4,85% (média). Segundo o estudo, em Portugal o impacto no capital em cenário adverso é de cerca de 3,5%.

A agência de rating diz ainda que as perspetivas para os bancos podem melhorar se a recuperação económica ganhar ainda mais força, aumentando os volumes de negócios, ou se houver uma melhora significativa na rentabilidade devido a um aumento gradual nas taxas de juros e ganhos de eficiência de custos.

Mas também existe o risco de a perspetiva ficar mais negativa se a pandemia se revelar pior do que o esperado por causa do Ómicron ou outras variantes do Covid-19, colocando a recuperação económica em risco e levando a um aumento significativo nas taxas de incumprimento do crédito a empresas ou de retalho sem garantia.

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