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Moody´s diz que apesar do progresso o malparado ainda pesa em alguns grandes bancos

Em 2013, o agregado de provisões para crédito absorveu 53% dos resultados antes de provisões. Ajudado pela recuperação económica, esse número caiu para 20% em 2017, disse a agência.
7 Junho 2018, 08h21

A Moody’s diz que os créditos improdutivos (NPLs) começaram a declinar na Europa desde o seu pico em 2013, mas o progresso fica atrás do resto do mundo.

O crédito malparado está diminuir em toda a Europa, “mas a fragilidade económica e as deficiências idiossincráticas em alguns bancos nos últimos anos abrandaram a limpeza dos seus balanços patrimoniais.”, conclui a agência de rating.

Quatro anos após o fim da crise da dívida soberana, algum progresso significativo tem sido feito pelos bancos europeus na limpeza do crédito improdutivo do balanço e na restauração dos amortecedores (buffers) de capital, diz Moody s Investors Service num relatório publicado nesta quarta-feira.

No entanto, para alguns bancos, o elevado stock de crédito problemático continua a ser um fardo pesado, diz ainda a agência de rating no relatório, “Bancos – Europa; Apesar do progresso significativo, os créditos problemáticos ainda são um problema para alguns grandes bancos”.

Os níveis de créditos improdutivos (NPLs) foram particularmente elevados em 2013 no rescaldo da crise da dívida soberana, e estavam em 6% do total de empréstimos, em média, com base numa amostra de 28 grandes bancos europeus. O rácio caiu agora para cerca de 4%, o que traduz uma melhoria significativa, embora o progresso não se verifique em todos os bancos, diz a Moody´s.

“Grandes stocks de empréstimos não produtivos são uma preocupação para a supervisão bancária europeia”, diz. Em alguns países, elevados níveis de créditos não produtivos poderiam pesar sobre a capacidade dos bancos de dar crédito à economia, e de contribuir para o crescimento económico.

Em 2013, o agregado de provisões para crédito absorveu 53% dos resultados antes de provisões. Ajudado pela recuperação económica, esse número caiu para 20% em 2017, disse a agência.

“Entre 2013 e 2017, os buffers de capital aumentaram em quase todos os bancos da nossa amostra, aumentando a resiliência ao permitir que os bancos absorvam melhor os custos do risco de crédito. O rácio de capital de nível 1 médio para o grupo melhorou para 17,2% no final de 2017, face a 14,2% no final de 2013″, revelou ainda.

Os níveis mais altos de NPL estão em países mais pequenos, mas alguns dos maiores países ainda não estão fora desta situação, conclui a Moody´s.

“Na Grécia e Chipre, o peso do NPL no total do crédito é superior a 30%. Em Itália, o malparado ficou nos 11%, na Polónia, em 5,8% e em Espanha, em 4,5%. Além disso, empréstimos problemáticos em bancos espanhóis não incluem os ativos imobiliários recuperados. Se incluídos, estes inflacionariam as proporções de NPL, diz a agência.

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