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Moody’s: ratings do BCP, CGD e BPI sobem dois níveis

Moody’s sobe ratings da banca nacional depois de tirar Portugal de ‘lixo’. CGD, BCP, BPI, Montepio e Santander viram as classificações subir na sequência da subida do rating da República.
16 Outubro 2018, 15h46

A Moody’s subiu hoje o ‘rating’ de várias instituições bancárias portuguesas, poucos dias depois de ter tirado Portugal do “lixo”, avançou a agência em comunicado.

Assim, o organismo resolveu subir o ‘rating’ da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em dois níveis. Os depósitos a longo prazo e a dívida sénior sem garantia subiram de ‘Ba3’ para ‘Ba1’, com um ‘outlook’ (perspetiva) estável.

No caso do BCP, a Moody’s melhorou o ‘rating’ dos depósitos de longo prazo para ‘Ba3′, quando estava em ‘B1’, com um ‘outlook’ positivo, o que reflete uma subida de um nível.

A agência subiu ainda o ‘rating’ do BPI, com os depósitos de longo prazo a passarem de ‘Baa3’ para ‘Ba1’, com um ‘outlook’ “entre o estável e o positivo”, disse a Moody’s.

O banco Santander Totta viu a sua pontuação melhorar de ‘Baa3’ para ‘Baa2’ no que diz respeito aos depósitos de longo prazo.

Por sua vez, o Montepio manteve a notação dos depósitos a longo prazo em ‘B3’, com uma mudança de ‘outlook’ para positivo.

A Moody’s colocou ainda em revisão para ‘upgrade’ os depósitos de longo prazo do Novo Banco, que estão em ‘Caa1’.

Em consequência desta avaliação, a agência de ‘rating’ norte-americana alterou o perfil macro de Portugal para “Moderado”, sendo que estava em “Moderado-”, tendo em conta, sobretudo, “a melhoria no ambiente em que os bancos portugueses operam, em particular no que diz respeito à força económica do país”.

A Moody´s levou em conta o progresso continuado na ‘performance’ de vários bancos, que se refletiu na melhoria dos ‘ratings’ anunciada hoje.

Rating de Portugal decisivo

Recorde-se que na sexta-feira passada a Moody’s subiu o rating de Portugal para o nível Baa3, com perspetiva estável, ou seja, o primeiro grau de investimento. A agência de notação financeira referiu que o upgrade é justificado pela descida do elevado nível de endividamento, bem como o crescimento económico do país.

A agência norte-americana tirou, assim, a dívida portuguesa do ‘lixo’ – nível em que estava há sete anos – e juntou-se às restantes maiores agências do mundo, que também já tinham dado este passo após a crise.

“O principal condutor do upgrade é a visão da Moody’s que a dívida geral do Governo está a mover-se para uma tendência descendente sustentável e gradual, com esperadas melhorias na capacidade de absorção de choques por parte da folha de balanço do governo nos próximos anos consistente com um rating soberano em grau de investimento”, explica o relatório publicado esta sexta-feira.

 

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