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Moody’s: reembolsos ao FMI aumentam sustentabilidade da dívida portuguesa

A agência de notação financeira avalia positivamente a estratégia de pagamentos do Tesouro nacional e estima que os custos remanescentes da dívida de Portugal ao FMI caiam para 1%, dos anteriores 4%.
5 Fevereiro 2018, 11h28

Os reembolsos antecipados do Governo português ao Fundo Monetário Internacional (FMI) ajudam a aumentar a sustentabilidade da dívida portuguesa e reduzir os custos com juros, segundo um relatório da Moody’s. A agência de notação financeira avalia positivamente a estratégia de pagamentos do Tesouro nacional e estima que os custos remanescentes da dívida de Portugal ao FMI caiam para 1%, dos anteriores 4%.

No final de janeiro, o Governo concluiu o pagamento da tranche mais cara do empréstimo do fundo, com o pagamento de 831 milhões de euros. Com um total de 10 mil milhões de euros reembolsados em 2017, Portugal já devolveu 83% do empréstimo de 26,3 mil milhões de euros.

“Muito importante é que, dado o montante total (4,5 mil milhões de euros) está agora abaixo da quota de Portugal de 187,5% no FMI, o custo do serviço da dívida restante cairá para a taxa de SDR [moeda do FMI] de 1%, de 4% anteriormente”, refere o relatório da Moody’s, publicado esta segunda-feira.

A agência de notação financeira nota que o reembolso realizado em janeiro segue em linha com a estratégia nacional de gradual troca de dívida mais cara por refinanciamento mais barato no mercado. Como resultado, os custos da dívida caíram de um pico de 4,1% em 2011 para uma estimativa de 3% em 2017.

“Estes esforços refletem o compromisso das autoridades de conseguirem custos de dívida mais baixos por mais tempo e limitar os riscos de uma normalização gradual das taxas de juro”, acrescentou a Moody’s. “Os reembolsos antecipados da era do programa, em conjunto com a recompra ativa e swaps de obrigações ajudaram a estender a maturidade média residual da dívida direta do Estado para cerca de oito anos em outubro de 2017, de cerca de seis anos no início de 2012, suavizando o perfil de amortizações da dívida do Governo”.

[Notícia atualizada às 11h40]

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