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Moody’s sobe rating da República para dois níveis acima de lixo

O ministro das Finanças diz que esta decisão “contribui para reforçar ainda mais a confiança dos investidores e a credibilidade externa de Portugal, com impacto direto nos custos de financiamento das famílias, das empresas e do Estado”. João Leão lembra que é a primeira subida de rating desde a pandemia.
17 Setembro 2021, 22h06

A agência de notação financeira Moody’s decidiu hoje subir a notação de rating de Portugal de Baa3 para Baa2. A Moody’s não atribuía ao Estado Português um nível de rating tão elevado desde 2011. O rating atribuído é o penúltimo nível da categoria de grau de investimento. Isto é, dois níveis acima de “lixo”.

Ao elevar a classificação da dívida soberana da República portuguesa ao fim de três anos, a Moody’s segue a classificação que já é atribuída pela Fitch e pela S&P à dívida soberana nacional.

No entanto o Outlook (perspectiva) baixou de ‘positivo’ para ‘estável’, também equivalente ao Outlook das outras agências de rating.

“Esta é também a primeira subida de rating da República Portuguesa desde o início da pandemia, o que deu um sinal muito positivo para a credibilidade para o país e para a segurança e estabilidade financeira das famílias e das empresas”, apressou-se a dizer o Ministério das Finanças, em comunicado.

De acordo com a Moody’s, a decisão deve-se à confiança na melhoria do crescimento económico de Portugal a longo prazo, alicerçado na utilização dos fundos do Programa de Recuperação e Resiliência, e à credibilidade da estratégia de redução da dívida pública assente na eficácia da política orçamental.

“A Moody’s valida ainda a solidez das opções de política económica e orçamental do Governo nos últimos anos, que permitiu a Portugal enfrentar a crise pandémica com capacidade orçamental”, destaca o Ministério das Finanças.

“A melhoria hoje anunciada acontece num contexto de crise, após um ano e meio de pandemia, o que dá um sinal muito forte sobre a estratégia económica e orçamental que o Governo adotou até aqui e também de confiança na capacidade que o país tem de recuperar da crise pandémica”,  defendeu em comunicado o Ministro de Estado e das Finanças, João Leão.

O ministro diz que esta decisão “contribui para reforçar ainda mais a confiança dos investidores e a credibilidade externa de Portugal, com impacto direto nos custos de financiamento das famílias, das empresas e do Estado”.

“Já em 2021, perspetivamos pagar menos cerca de 3 mil milhões de euros de juros do que em 2015. Um resultado que se deve em muito ao rigor e responsabilidade orçamental dos últimos seis anos. É importante continuar este percurso, retomando a trajetória de redução do rácio de dívida pública/PIB, que só foi interrompida devido à pandemia”, antecipa o Ministro.

O Governo diz que “prosseguirá o objetivo de recuperação económica nos próximos anos, num quadro de sustentabilidade das finanças públicas, assente em opções responsáveis e equilibradas que permitam garantir as condições para melhorar a vida portugueses, ano após ano, sem dar passos atrás”.

“Tenho a ambição que depois da Moody’s, outras agências subam o rating, permitindo melhores condições de financiamento para a República, por forma reduzir os encargos do país e aumentar os ganhos para todos os portugueses”, afirma, na mesma nota, João Leão.

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