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Moody’s: envelhecimento da população pode pesar no ‘rating’ de Portugal

Os “super idosos”, alertou hoje a agência de notação financeira, podem ter impacto fiscal e na posição de crédito dos países europeus.
5 Fevereiro 2018, 16h21

Como a maioria dos países da União Europeia espera ter populações bastante envelhecidas até 2030, a capacidade dos governos em controlar os gastos com Saúde pode tornar-se o principal motor no impacto fiscal e na posição de crédito dos países, disse a agência de notação Moody’s, num relatório públicado hoje.

Segundo a Moody’s, que cita projeções da Comissão Europeia, Portugal, Malta, Eslováquia e Croácia são os países que vão assistir mais rapidamente às pressões do envelhecimento sobre os serviços de saúde.

“A forma como os Governos adaptam os seus sistemas de saúde ao envelhecimento da população vai tornar-se cada vez mais importante para a nossa avaliação orçamental e, em última análise, para a análise das dívidas públicas”, avisa a analista da Moody’s Kathrin Muehlbronner, em comunicado.

“Embora o envelhecimento da população seja uma tendência comum a nível mundial, a Europa é a região onde a situação é mais aguda e o impacto fiscal mais relevante”, acrescentou a analista.  No relatório lê-se ainda que “os gastos relacionados com o envelhecimento estão a intensificar-se em toda a Europa nos próximos anos, apresentando um maior desafio fiscal do que as pensões”.

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