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Morosidade afeta negativamente três em cada quatro empresas, diz estudo

O impacto negativo da morosidade na conta de resultados afeta 77% das empresas portuguesas, enquanto 31% sofrem incumprimentos significativos e 10% afirma correr o risco de fechar devido ao impacto dos incumprimentos, revela estudo de risco de crédito.
1 Junho 2020, 10h24

O impacto negativo da morosidade na conta de resultados afeta 77% das empresas portuguesas, enquanto 31% sofrem incumprimentos significativos e 10% afirma correr o risco de fechar devido ao impacto dos incumprimentos.

Este é o retrato da morosidade dado pelo estudo da gestão de risco de crédito em Portugal, realizado pela Crédito y Caución, Iberinform e Gestifatura e no qual participaram os gestores de mais de 300 empresas de todas as dimensões e setores.

“A falta de controlo sobre a morosidade empresarial é um risco para a atividade das empresas”, frisa o estudo divulgado nesta segunda-feira, 1 de junho, acrescentando que o incumprimento dos pagamentos acordados gera “importantes tensões” de liquidez numa situação como a atual e é “especialmente desestabilizadora” das operações das empresas de menor dimensão.

De acordo com o estudo, se se chega ao não pagamento de uma venda a crédito comercial, a perda equivale aos custos de produção do produto. E é deixado o alerta: o impacto de um não pagamento comercial acentua-se quando menor for a margem de lucro, pois multiplica o número de vendas com clientes solventes necessárias para compensar a perda. O estudo explica aqui que se uma empresa com uma margem comercial de 10% sofre um incumprimento de 10.000 euros, deverá gerar um novo negócio de 100.000 euros para compensar o impacto dos 9.000 em custos de produção.

O Estudo de Gestão de Risco de Crédito em Portugal revela ainda que 57% das empresas portuguesas enfrenta um aumento dos seus custos financeiros e 34% vê travada a sua expansão comercial. Além disso, 32% vê-se obrigada a limitar os seus novos investimentos e 26% vê reduzido o seu rendimento

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