A autoridade sanitária brasileira Anvisa revelou esta quarta-feira, 21 de outubro, que morreu um dos voluntários no ensaio clínico da vacina para a Covid-19 que está a ser desenvolvida pela farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca.
Em comunicado a que a “Reuters” teve acesso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária com sede em Brasília adiantou que apesar da morte do voluntário os testes da vacina continuariam, não tendo fornecido mais detalhes, citando o sigilo médico dos envolvidos nos ensaios. A imprensa internacional refere que fontes ligadas aos ensaios clínicos adiantaram que o voluntário não estaria a receber o fármaco mas o placebo – daí os testes não serem interrompidos.
Separadamente, a Universidade Federal de São Paulo, que está a ajudar a coordenar os ensaios clínicos de fase 3 no Brasil, explicou que o voluntário era brasileiro, mas não informou onde morava.
O governo federal do Brasil tem planos de comprar a vacina do Reino Unido e produzi-la no seu centro de investigação biomédica FioCruz, no Rio de Janeiro, enquanto uma vacina concorrente da chinesa Sinova que está a ser testada pelo centro de pesquisas do Instituto Butantan do estado de São Paulo.
Contudo, hoje, o presidente Jair Bolsonaro informou sobre o pedido para o cancelamento do protocolo de intenções de compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, que está a ser testada pelo Instituto Butantan de São Paulo, segundo a “Globo”. “Já mandei cancelar. O presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade. Até porque estaria comprando uma vacina que ninguém está interessado por ela, a não ser nós”, garantiu JairBolsonaro.
A notícia sobre a morte do voluntário da Astrazeneca, bem como o pedido do presidente do Brasil para cancelar o protocolo coma CoronaVac, sucedem ao anúncio de que o atual ministro da Saúde do Brasil testou positivo para a Covid-19.
O Brasil tem mais de 154 mil mortos pela doença causada pelo novo coronavírus, ficando apenas atrás dos Estados Unidos. É o terceiro país com mais casos confirmados, contabilizando mais de 5,2 milhões de infetados, encontrando-se depois dos Estados Unidos e Índia.
O anúncio levou a que as ações da AstraZeneca caíssem 1,7%.
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