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Morte de Jeffrey Epstein terá sido homicídio e não suicídio, indica novo relatório

O novo médico legista contratado pelo irmão de Epstein contraria a tese inicial da polícia e descarta o cenário de suicídio. Baden argumenta que os ferimentos são “mais consistentes com o estrangulamento homicida” do que o suicídio.
  • DR Joe Schildhorn/Patrick McMullan Getty Images
30 Outubro 2019, 17h19

Tudo indica que Jeffrey Epstein terá vítima de um homicídio e não terá cometido suicídio como as autoridades haviam inicialmente sugerido. As conclusões são de um médico legista que foi contratado pela família do magnata para integrar na investigação.

“As três fraturas são extremamente incomuns em enforcamentos suicidas e podem ocorrer muito mais frequentemente em estrangulamentos homicidas”, disse Michael Baden, à Fox News, esta quarta-feira, apontando que Epstein teve uma fratura à esquerda e outra à direita da laringe, mais uma acima da maçã-de-Adão, que são indicativas de assassinato. “Há 50 anos que não vejo isso a acontecer num caso de enforcamento suicida”, disse Baden.

“Eu acho que as provas apontam para homicídio e não para suicídio”, sustentou o especialista forense, que analisou a autópsia feita pelas autoridades.

Epstein, que estava detido a aguardar julgamento por tráfico sexual, foi encontrado morto na sua cela, numa prisão de Manhattan, em agosto, e as autoridades nova-iorquinas concluíram que o acusado tinha tirado a própria vida, por enforcamento.

O norte-americano foi preso no dia 6 de julho, pelo crime de tráfico sexual com menores de 14 anos, e foi encontrado morto na sua cela no dia 10 de agosto. Epstein estava acusado, pela procuradoria do distrito sul de Manhattan, de controlar um esquema de tráfico sexual e abuso sexual de menores, tendo alegadamente criado uma rede para abusar de dezenas de meninas na sua mansão de Nova Iorque e numa outra situada na Flórida.

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