Mota e CTT puxam PSI 20 para cima e BCP para baixo. Europa em sessão amena

A Mota-Engil valorizou 2,55% para  1,934 euros e os CTT ganharam 1,23% para 3,118 euros. Estes são os títulos que mais subiram do PSI 20, mas aguentaram o índice em terreno positivo (+0,03% para 5.143,7 pontos). O mercado nacional só não valorizou mais porque a prestação do BCP limitou ganhos superiores. As ações do BCP caíram -1,15% para 0,2323 euros.

A Mota-Engil disparou depois do comunicado do grupo Quadrante que revela que está a desenvolver o projeto de estruturas do futuro Centro Comercial Fourways Mall, em Joanesburgo, uma obra em parceria com a Mota – Engil e que marca o arranque dos projetos da empresa nacional naquele mercado.

Já os CTT tiveram esta performance no dia em que comunicaram de forma oficial que garantem que não há custos imputados aos serviços postais sobrevalorizados, apesar do que a Anacom divulgou na sexta-feira. Em comunicado ao mercado  os CTT informaram sobre sentido provável de decisão da Anacom. Os CTT manifestaram o seu desacordo relativamente ao sentido provável de decisão da Anacom e sublinham que o mesmo não impacta nos resultados estatuários publicados.

As ações da NOS (+1,03% para 5,405 euros); da EDP Renováveis (+0,80% para 8,155 euros); e da Semapa (+0,78% para 15,420 euros) também ajudaram ao fecho no verde do PSI 20.

A impulsionar a Semapa estiveram as contas divulgadas na sexta-feira. Os lucros da Semapa aumentaram 7% em 2018 para 132,6 milhões de euros.

Na Europa a sessão foi de otimismo na negociação, “numa sessão marcada por fracos volumes negociados até ao momento, refletindo o facto de Wall Street estar encerrado devido a feriado (Dia do Presidente) “, diz o analista Ramiro Loureiro, Analista de Mercados do Millennium investment banking.

As praças europeias viveram uma sessão amena, sendo que a maioria terminou em alta. “E se em Portugal foi a Mota-Engil, a F.Ramada e os CTT a liderarem os ganhos no PSI20, com a Semapa a responder também de forma positiva às contas, no exterior a Wirecard disparou mais de 14%, perante a proibição de venda a descoberto (short-selling) imposta pelo regulador alemão”, diz o analista do BCP.

Os mercados europeus encerraram em diferentes direções.  O FTSE 100 de Londres caiu 0,24% para 7.219,47 pontos. De Londres a notícia que se destaca é a dos preços no imobiliário britânico que continuam em desaceleração, e em Londres estão mesmo em queda.

Outra notícia relevante para  o mercado britânico é a de que o construtor automóvel japonês Honda vai fechar a fábrica de Swindon, no Reino Unido em 2022, o que ameaça 3.500 empregos e constitui mais um revés próximo do ‘Brexit’, segundo anunciou hoje a televisão britânica.

Aliás, o setor automóvel foi um dos poucos a encerrar o dia em terreno negativo na Europa, em reação aos dados relativos às vendas de automóveis que caíram 17.70% na China durante o mês de janeiro face ao mesmo período de 2018.

O Dax fechou flat, mas não se segurou no verde. O índice da bolsa alemã fechou a descer 0,01% para 1.299,2 pontos. Sectorialmente o ramo automóvel alemão foi dos mais pressionados, condicionando o índice, também em reação aos dados de vendas na China.

Os investidores continuam a acompanhar os desenvolvimentos relativos às negociações entre os EUA e a China.

Já os analistas do BPI destacaram o setor de telecomunicações que liderou os ganhos na Europa, “já que várias empresas receberam melhorias das suas recomendações”.

O CAC 40  subiu 0,30% para 5.168,5 pontos; o FTSE MIB subiu 0,58% para 20.329,8 pontos e o IBEX subiu 0,35% para 9.155,5 pontos.

“O preço do petróleo manteve a escalada verificada na semana passada, suportado pelos cortes de produção conduzidos pela OPEP e pelas sanções dos EUA contra a Venezuela e o Irão”, aponta o BPI.

O Brent de Londres sobe 0,14% para 66,34 dólares e o crude WTI nos EUA que valoriza 0,59% para 55,92 dólares.

O mercado de dívida soberana tem a dívida alemã a agravar os juros (+0,9 pontos base para 0,11%) e as dívidas dos países periféricos a diminuírem os juros. A dívida portuguesa cai 4,8 pontos base para 1,514%, mais do que a espanhola que tem os juros a descerem 1,3 pontos base para uma yield de 1,227% e até mais do que a dívida italiana que tem os juros em queda de 3 pontos base para 2,766%.

O euro valoriza 0,12% para 1,1310 dólares.

O tema macroeconómico de hoje é a OCDE que mantém as previsões constantes do Economic Outlook de 21 de novembro de 2018, ou seja, Portugal deverá registar uma taxa de crescimento do PIB de 2,1% em 2018 e em 2019 e de 1,9% em 2020.