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Mota-Engil celebra três novos contratos em África no valor total de 171 milhões

Um novo estádio de futebol, a construção do maior mercado coberto da costa ocidental de África na Costa do Marfim e um novo contrato associado ao projeto de Oil&Gas em Moçambique são os novos projetos.
  • Mario Proenca/Bloomberg
18 Novembro 2020, 11h10

A Mota-Engil revelou em comunicado que celebrou com o ministério dos desportos da Costa do Marfim um contrato de EPC+F (Engineering, Procurement, Construction and Finance) no valor de 84,4 milhões de euros para a reabilitação e expansão de um estádio de futebol naquele país africano.

Isto porque, no âmbito da organização da Taça Africana das Nações CAN 2023, a Costa do Marfim lançou um concurso limitado para a realização de estudos de conceção e execução de obras de reabilitação do estádio Félix Houphouët-Boigny, na capital Abidjan, tendo sido selecionada a Mota-Engil para a execução dos trabalhos nos próximos 24 meses, tendo assegurado a empresa o financiamento ao cliente junto de uma multilateral panafricana.

“O estádio será completamente coberto e a reabilitação da estrutura existente permitirá alargar para 33.000 lugares de capacidade, a fim de garantir o cumprimento dos últimos requisitos emitidos pela CAF e pela FIFA para a realização dos concursos do CAN 2023”, explica a construtora portuguesa.

Mas a Mota-Engil celebrou também na Costa do Marfim com a câmara municipal de Bouaké, um contrato de 24 meses e no valor de 43,8 milhões de euros para a construção do Lote B do “Grand Marché” de Bouaké, depois de ter sido selecionada em concurso publico internacional.

O Grand Marché de Bouaké será o maior mercado coberto da África Ocidental. O projeto contempla a construção de espaços de comerciais e zonas de serviços e de apoio, tendo o mercado uma área total de 86.000 m2, representando no final da obra, e concluídos os dois lotes, o maior mercado coberto da região da África ocidental, construído em quase 9 hectares e com mais de 8.000 pontos de venda, num projeto financiado por uma multilateral europeia.

A Mota-Engil iniciou a presença neste mercado da África francófona em 2017 através da construção do “Stade de La Paix” em Bouaké, o qual será utilizado no Campeonato Africano das Nações em 2023 (CAN 2023), e com a adjudicação dos serviços de recolha de resíduos urbanos pelo período de sete anos e a construção e gestão do novo aterro que serve a capital Abidjan. Portanto, ” estes dois novos contratos representam a afirmação e o reconhecimento crescente da Mota-Engil na Costa do Marfim, um mercado que está atualmente entre os cinco maiores em termos de atividade do Grupo no continente africano, sendo hoje o maior investidor português naquele País”, diz a Mota-Engil em comunicado.

 

Novo Contrato associado ao projeto de Oil & Gas em Moçambique

Noutro país africano, mas desta vez dos PALOP, a Mota-Engil revelou que celebrou ainda em Moçambique com o consórcio CCS JV (liderado pela Saipem) um contrato no valor de 51 milhões de dólares (cerca de 43 milhões de euros) que consiste na construção de um conjunto de doze edifícios, dois dos quais em betão armado e os restantes em estrutura metálica (com fundações em betão armado).

“Os edifícios são destinados às principais atividades da futura refinaria como sejam o centro de controlo da operação de refinação, telecomunicações, segurança e bombeiros, edifício de formação, assim como o de armazém de todo o complexo, bem como o edifício destinado a servir de torre de controlo do porto marítimo. A empreitada prevê ainda os trabalhos de desmatação, escavação e aterro de uma faixa de terreno na qual será colocada um pipeline”, lê-se no comunicado.

A construtora diz ainda que com este contrato, e “após a adjudicação do primeiro contrato de maior relevância anunciado em Abril de 2020 que contempla a construção, em consórcio, de uma ponte cais e de uma plataforma de descarga num valor total de cerca de 365 milhões de dólares, o projeto de desenvolvimento da exploração da Área 1 do projeto de GNL vem ganhando cada vez maior tração de investimento de forma a colocar Moçambique entre os maiores produtores mundiais de gás no final da presente década”.

Recorde-se que Moçambique é historicamente o segundo maior mercado do Grupo Mota-Engil no continente africano apenas ultrapassado por Angola, sendo o líder local no setor das Infraestruturas e Obras Públicas.

No que se refere ao projeto de exploração de Gás Natural Liquefeito que se encontra na sua fase inicial de investimento, este conta com dois consórcios – a Área 1, explorado pela Total Moçambique, após adquirir em 2019 à norte-americana Anadarko, e a Área 4, explorado por um consórcio com a Exxon Mobile, ENI e Galp. O investimento total previsto é de 50 mil milhões de dólares, um dos maiores investimentos em curso em África.

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