A construtora Mota-Engil está a liderar os ganhos do principal índice bolsista português, PSI 20, e soma 2,98%, para 2,93 euros. Os ganhos da cotada dispararam esta terça-feira, após a Teixeira Duarte ter vendido 7,5% da Lusoponte à Vinci e à Lineas – Concessões de Transportes, que é do grupo Mota-Engil, por 23,3 milhões de euros.
Para comprar 7,5% da Lusoponte a Mota-Engil, bem como a Vinci, exerceu o direito de preferência. Em junho deste ano, a China Construction acordara a compra de 7,5% da Lusoponte à Teixeira Duarte por 23,3 milhões de euros, sendo que para obstruir o negócio as empresas Vinci Highways e Lineas – Concessões de Transportes, SGPS, acionistas da Lusoponte, exerceram o direito de preferência.
A compra de 7,5% da Lusoponte foi celebrada na quinta-feira, 23, com a Teixeira Duarte a anunciar dois contratos com vista à venda de 375 mil ações que detém na Lusoponte pelos mesmos 23,3 milhões prometidos pela construtora chinesa. Desta forma os chineses não compraram os 7,5% da Lusoponte tal como tinham acordado em junho.
Em comunicado ao mercado, a Teixeira Duarte informou que após o contrato-promessa com a sua participada a 100%, a Teixeira Duarte – Engenharia e Construções “celebrou em 21 de junho de 2018 para alienar as 375.000 ações que esta última detém na “Lusoponte – Concessionária para a Travessia do Tejo”, correspondente a 7,5% do respetivo capital social à Companhia de Investimento China-Portugal Global, Limitada – conforme anteriormente comunicado ao mercado –, foi exercido o direito de preferência pelas acionistas da Lusoponte Vinci Highways, SAS e Lineas – Concessões de Transportes, SGPS”.
Assim, a Teixeira Duarte – Engenharia e Construções, “celebrou, no passado dia 23 de agosto de 2018, dois contratos tendo em vista a alienação das mesmas 375.000 ações que detém na concessionária, pelo preço global de 23,300 milhões de euros. Um contrato para a venda de 185.625 ações à Vinci Highways pelo preço de 11,5 milhões de euros e outro para a venda de 189.375 ações à Lineas – Concessões de Transportes, SGPS, da Mota Engil pelo preço de 11,8 milhões de euros”.
Estas alienações estão ainda sujeitas a outros procedimentos, designadamente pela Lusoponte, sobretudo junto das entidades financiadoras. E caso os contratos se concretizem, estima-se que estes terão um impacto nos resultados contabilísticos do Grupo Teixeira Duarte em 18 milhões de euros, aproximadamente.
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