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Motoristas de matérias perigosas desconvocam greve

A paralisação completou este domingo o sétimo dia. O sindicato, em plenário, deliberou “mandatar a direção do SNMMP para continuar a desencadear todas as diligências consideradas adequadas à defesa dos motoristas”, caso a Antram demonstre uma “postura intransigente” na reunião de terça-feira.
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    Miguel A. Lopes/Lusa
18 Agosto 2019, 19h41

O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) desconvocou este domingo a greve que se prolongava há sete dias, após cerca de três horas de plenário de trabalhadores na Junta de Freguesia de Aveiras de Cima.

À saída do encontro, o presidente do sindicato disse que na sexta-feira (16 de agosto) o Governo demonstrou “esforço negocial e disponibilidade para mediar um acordo que satisfizesse os objetivos dos motoristas”, pelo que o sindicato está igualmente disponível para voltar à mesa das negociações, numa reunião na DGERT agendada para a próxima terça-feira (20 de agosto).

Francisco São Bento referiu ainda que o sindicato deliberou “mandatar a direção a continuar a desencadear todas as diligências consideradas adequadas à defesa dos motoristas de matérias perigosas”, incluindo o recurso à medida “mais penalizante” (a greve), caso a associação patronal (Antram – Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias) demonstre uma “postura intransigente” nessa reunião.

Em declarações aos jornalistas, o dirigente sindical referiu que o SNMMP “nunca esteve interessado em prejudicar os portugueses” e que os motoristas de matérias perigosas têm direito a lutar por condições de trabalho dignas. Segundo Francisco São Bento, é “urgente e imperativo” que a Antram perceba que os trabalhadores que representa “não irão abdicar daquilo que é seu por direito”.

Horas antes desta declaração, fonte do Governo tinha dito à agência Lusa que iria realizar-se uma reunião na terça-feira, no Ministério das Infraestruturas e Habitação,entre o sindicato e a associação patronal, caso a estrutura sindical desconvocasse a greve na sequência do plenário de trabalhadores desta tarde.

Já no último briefing sobre esta paralisação, o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, admitiu que acreditava que existissem condições para que a greve dos motoristas fosse cancelada e apelou novamente a um entendimento entre as partes. “Num dia importante, apelo às partes para um entendimento e para que a greve chegue ao fim. O comunicado da Antram de ontem ao fim do dia é um bom sinal, deixa claríssima a disponibilidade para negociar, aceitando a mediação oferecida pelo Governo”, disse o governante aos jornalistas, em declarações a partir da cidade do Porto.

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