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Mugabe aceitou demitir-se em troca de imunidade

O ditador terá dito que não queria viver exilado e desejava morrer no seu país natal.
23 Novembro 2017, 16h29

Robert Mugabe, o antigo Presidente do Zimbabué afastado esta semana depois de 37 anos no poder, terá aceite demitir-se em troca de imunidade judicial, garantindo-lhe que não será julgado pelo futuro poder político zimbabueano. Fontes próximas das negociações disseram à Agência Reuters que o ditador terá dito que não queria viver exilado e desejava morrer no seu país natal.

“Foi muito emotivo para ele e foi muito insistente nesse ponto”, afirmou a mesma fonte. Perante as perspetivas de ser alvo de um processo de exoneração, “era importante” para Mugabe que lhe fosse garantida segurança para ficar no país”, até porque, como uma segunda fonte relatou à Reuters, Mugabe “está obviamente ciente da hostilidade pública em relação à sua mulher, da raiva em alguns círculos quanto à forma como ela agiu e abordou a política do ZANU-PF”, o partido do poder. “Assim, tornou-se necessário assegurar-lhe também que toda a sua família, incluindo a mulher, estaria segura e protegida”.

Da parte dos próprios militares e das forças políticas que colocaram Mugabe em prisão domiciliária e forçaram a sua saída parece ter havido uma forte preocupação em garantir que a transição de poder se fizesse sem derramar sangue. Ziyambi Ziyambi, deputado do Zanu-PF, afirmou que Mugabe e a sua mulher “são estdistas idosos e serão respietados da forma como merecem. Ele foi nosso presidente e aceitou demitir-se, por isso vai gozar dos proveitos de ser um ex-presidente, bem como a sua mulher”. “Ele é o nosso icon”, concluíu.

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