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Mundial 2018: Parlamento Europeu quer declaração sobre violações dos direitos humanos na Rússia

Eurodeputados consideram que a realização do Campeonato do Mundo de Futebol da FIFA é uma tentativa para encobrir violações dos direitos humanos na Rússia.
  • REUTERS/Stefan Wermuth
14 Junho 2018, 12h29

O Parlamento Europeu quer que a União Europeia emita uma declaração em que condene as violações dos direitos humanos na Rússia e as tentativas de as encobrir através da realização do Campeonato do Mundo de Futebol da FIFA, segundo uma resolução discutida e aprovada em plenário, esta quinta-feira, no âmbito dos debates sobre direitos humanos.

Em comunicado, o Parlamento Europeu refere que insiste com o Conselho da UE e os Estados-membros a “manterem-se firmes e unidos na manutenção das sanções acordadas contra a Rússia” e a prorrogarem estas sanções, bem como a ponderarem medidas específicas contra as pessoas responsáveis pela detenção e pelo julgamento de prisioneiros políticos.

Revela, ainda, que solicita às autoridades russas que libertem imediatamente o cineasta ucraniano Oleg Sentsov e todos os outros cidadãos ucranianos ilegalmente detidos na Rússia e na península da Crimeia. “Existem atualmente mais de 70 prisioneiros políticos ucranianos na Rússia e na Crimeia ocupada”, refere o comunicado oficial.

Os eurodeputados expressam a sua profunda inquietação perante a “tendência preocupante de detenções, ataques, intimidação e descredibilização” que visam jornalistas independentes e defensores dos direitos humanos que trabalham na Rússia e, em particular, na Chechénia. “Os ativistas da sociedade civil em todo o mundo devem exercer livremente os seus mais elementares direitos à liberdade de expressão e de pensamento”, diz a resolução.

O Parlamento Europeu recorda às autoridades russas que, “na sua qualidade de potência ocupante de facto que controla efetivamente a Crimeia”, têm a plena responsabilidade de proteger os cidadãos da Crimeia contra medidas judiciais ou administrativas arbitrárias e que têm a obrigação, em virtude do direito internacional humanitário, de garantir a proteção dos direitos humanos na península.

A resolução, avança o comunicado, foi aprovada por 485 votos a favor, 76 contra e 66 abstenções.

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