Antes de morrer, em 1870, o famoso escritor Charles Dickens deixou um retrato que foi colocado em exibição na ‘Royal Academy’, em 1844. No entanto, passados 16 anos da morte do criador de Oliver Twist, a própria autora do quadro revelou que “perdeu o rasto do retrato”.
Agora, mais de 140 anos decorridos desde o desaparecimento, o retrato de Charles Dicken “regressa a casa”, após uma angariação de fundos que se mostrou bem sucedida, avança o ‘The Guardian’. O museu de Charles Dickens estabeleceu 180 mil libras (200,2 mil euros) como meta para conseguir comprar o quadro de Margaret Gillies, de quando o escritor tinha apenas 31 anos.
Após ter sido avistado pela última vez em 1886, o quadro foi encontrado em África do Sul dentro de uma caixa de cartão que se encontrava em leilão. O museu dedicado a Dickens revelou que recebeu doações do Fundo de Arte e do Fundo de Concessão de Aquisições de Inglaterra, do Conselho de Artes de Inglaterra e de admiradores do escritor.
We're delighted to finally be able announce that, following a successful fundraising campaign, we have now acquired and secured the future of the ‘lost portrait’ of Dickens!! ?? #WelcomeHome
— Dickens Museum (@DickensMuseum) July 18, 2019
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“Estamos muito empolgados em trazer o retrato perdido para casa e estamos extremamente gratos e tocados pelo generoso apoio que recebemos”, afirmou a diretora do museu, Cindy Sughrue, acrescentando que “é uma afirmação magnífica do apelo duradouro dos escritos de Dickens e do fascínio mundial que ele continua a inspirar”.
Quando Margaret Gillies decidiu pintar o escritor, este estaria a escrever o ‘Cântico de Natal’. Na primeira vez que o retrato foi dado a conhecer ao público, a poetisa Elizabeth Barrett Browning, responsável por ‘Sonetos Portugueses’, comentou que o mesmo “tem o pó e a lama da humanidade ao seu redor, apesar dos olhos de águia”.
Quando foi adquirido em leilão, o comprador realizou uma pesquisa e perceber que o quadro era um retrato original de Dickens. Assim, entrou em contacto com o revendedor de arte Phillip Mold que ficou surpreendido com o ressurgimento, afirmando mais tarde que “é um conto épico, com um final extremamente feliz”.
O quadro vai entrar na exposição no próximo dia 24 de outubro no museu dedicado ao próprio Dickens, sendo que para conservação não se encontrará sempre presente.
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