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Museu Nacional da Resistência e Liberdade vai ter 40 funcionários

“Este museu vai ter um quadro previsto de 40 funcionários e a Direção-Geral do Património Cultural já iniciou, há algumas semanas, um processo de entrevista de trabalhadores para ir preenchendo os lugares previstos”, afirmou a ministra Graça Fonseca.
  • Cristina Bernardo
24 Abril 2019, 19h19

O futuro Museu Nacional da Resistência e Liberdade, para o qual estão a decorrer obras na Fortaleza de Peniche, vai ter um quadro de 40 funcionários, disse hoje em Peniche a ministra da Cultura, Graça Fonseca.

“Este museu vai ter um quadro previsto de 40 funcionários e a Direção-Geral do Património Cultural já iniciou, há algumas semanas, um processo de entrevista de trabalhadores para ir preenchendo os lugares previstos”, afirmou Graça Fonseca.

A ministra falava à margem de uma visita para jornalistas à exposição “Por um livre pensamento”, que é inaugurada na quinta-feira, na Fortaleza de Peniche, por ela própria e pelo primeiro-ministro.

O diretor vai ser selecionado por concurso público internacional, previsto no novo regime de autonomia dos museus.

A governante adiantou que “enquanto o concurso não estiver concluído”, há “recrutamento temporário” de trabalhadores indispensáveis ao funcionamento do espaço, durante os três meses em que a exposição estiver aberta ao público.

As obras vão “decorrer durante este ano e durante o próximo”, esclareceu, apontando a inauguração do Museu Nacional da Resistência e da Liberdade para uma data “ao longo do ano de 2020”.

“O museu permite guardar aquele pedaço da nossa história que não podemos e não queremos esquecer, não só para honrar essa história, mas fundamentalmente para que, no futuro, não se repita”, sublinhou Graça Fonseca.

Em setembro de 2016, a Fortaleza de Peniche, no distrito de Leiria, foi integrada pelo Governo na lista de monumentos históricos a concessionar a privados, no âmbito do programa Revive, mas passados dois meses foi retirada, pela polémica suscitada.

Em abril de 2017, a Assembleia da República defendeu em plenário, da esquerda à direita, a requalificação e a preservação da sua memória histórica enquanto ex-prisão política da ditadura, em alternativa à decisão do Governo.

No mesmo mês, o Governo aprovou, em Conselho de Ministros, um plano de recuperação da Fortaleza de Peniche para instalar na antiga prisão da ditadura do Estado Novo o Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, um investimento estimado em 3,5 milhões de euros.

Em 2018, foram lançados concursos para obras, que estão a decorrer, o projeto de arquitetura de adaptação do museu foi entregue ao arquiteto João Barros Matos e o guia de conteúdos, composto por 11 núcleos, foi elaborado pela Comissão de Instalação dos Conteúdos e da Apresentação Museológica.

A fortaleza, classificada como Monumento Nacional desde 1938, foi uma das prisões políticas da ditadura do Estado Novo de onde se conseguiu evadir, entre outros, o histórico secretário-geral do PCP Álvaro Cunhal, em 1960, protagonizando um dos episódios mais marcantes do combate ao regime ditatorial.

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