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Na despedida, Assunção carrega nas críticas ao Orçamento

Naquela que foi a última intervenção no Parlamento da líder demissionária do CDS-PP, Assunção Cristas disse que “é dever do CDS dizer a verdade às pessoas, não baixar os braços, fazer renovadamente a construção de alternativas, em democracia há sempre alternativas”. 
  • Cristina Bernardo
10 Janeiro 2020, 16h17

Assunção Cristas não foi branda nas críticas ao Governo, utilizando a expressão que tem sido colada à proposta do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) de “continuidade” para apontar a ausência de “reformas estruturais”.

Naquela que foi a última intervenção no Parlamento da líder demissionária do CDS-PP, Assunção Cristas disse que “é dever do CDS dizer a verdade às pessoas, não baixar os braços, fazer renovadamente a construção de alternativas, em democracia há sempre alternativas”.

“Continuidade é a palavra. Concordamos. Continuidade na redução défice, acontece por aumento da receita fiscal e poupança com juros”, começou por dizer, para acrescentar a continuidade do que acusou serem os pontos negativos.

“Continuidade na maior carga fiscal de sempre”, “na perda de poder de compra dos contribuintes”, “no crescimento aquém do nosso potencial”, “continuidade de um Estado que não conhece qualquer reforma estrutural”, de “défice externo excessivamente elevado”, de “orçamento pouco transparente da sua execução”.

Assunção Crista defendeu ainda que “em quatro anos, a fotografia macroeconómico do país não mudou estruturalmente como podia e devia”, já que “metade do investimento é em construção ou taxa de poupança conhece mínimos históricos”.

“Sem uma economia mais livre não conseguimos quebrar ciclos de pobreza”, acrescentou.

Recordando que entrou no Parlamento há dez anos, disse ainda que foi “uma honra servir o país como deputada, como governante e nunca esqueço que o Governo depende do Parlamento e responde sempre perante o Parlamento”.

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