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Nacionalização da Efacec: Administração ao lado do Governo

Tal como tinha sucedido com os acionistas que estavam com Isabel dos Santos no elenco que detinha o grupo, a administração da Efacec diz que apoia a decisão do executivo socialista.
2 Julho 2020, 22h45

No seguimento da decisão do Conselho de Ministros, já promulgada pelo Presidente da República, de nacionalizar 71,7% do capital da Efacec, o conselho de administração do grupo Power Solutions “agradece o que entende como um claro reconhecimento do valor económico e estratégico da Efacec no panorama nacional e internacional, nos setores da energia, mobilidade e ambiente, refere fonte oficial em comunicado.

“Esta decisão vem resolver o impasse vivido no processo de reconfiguração acionista, permitindo viabilizar a continuidade da empresa e garantir a estabilidade do seu valor financeiro e operacional. A medida responde ao apelo feito pela Efacec da necessidade de ser encontrada uma solução urgente que não deixasse cair o grupo, o seu talento e know-how tecnológico diferenciado, materializado nos 2500 trabalhadores que a compõem”.

O conselho de administração da Efacec Power Solutions “gostaria de agradecer a confiança e a resiliência estoica com a qual todos os seus trabalhadores enfrentaram estes meses particularmente difíceis e reafirmar o seu total compromisso em garantir a continuidade presente e futura do grupo”, conclui o comunicado.

O esclarecimento da administração e o seu apoio à entrada do Estado na Efacec surge pouco depois de os accionistas – que não Isabel dos Santos – também terem anunciado que estão ao lado da solução encontrada hoje.

Recorde-se que o ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, anunciou na conferência de imprensa do Conselho de Ministros que o Estado iria nacionalizar a participação de Isabel dos Santos na Efacec, tendo o diploma já sido promulgado pelo Presidente da República.

O comunicado do Conselho de Ministros detalha que a intervenção do Estado, feita em acordo com os acionistas privados, deve ainda ser mantida por um período restrito no tempo e com vista à resolução temporária da situação de crise que envolve o grupo, estando prevista a sua imediata reprivatização, a executar no mais curto prazo possível.

Isto significa que o Estado quer prosseguir com o processo de venda que foi desencadeado nas últimas semanas e que culminou com a entrega de cerca de 10 propostas não vinculativas na semana passada à StormHarbour. Segundo fonte próxima do processo a oferta mais alta pelos cerca de 72% da Efacec não ultrapassou os 25 milhões de euros, informação que não foi possível confirmar.

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