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“Não acredito no colapso”. Bolsonaro descarta fragilidades no SNS brasileiro

Apesar do ritmo de propagação não mostrar sinais de abrandamento, nem no país, nem no mundo, Bolsonaro descarta o alerta dado pelo Ministério da Saúde que dá conta de um SNS sobrecarregado, pelo menos, até finais de abril.
23 Março 2020, 14h15

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro descartou a ideia de que o sistema nacional de saúde brasileiro irá colapsar no próximo mês, contrariando a tendência de crescimento da propagação do vírus no país. De acordo com o Ministério da Saúde, o país deverá atingir o pico do surto em julho.

Os últimos dados divulgados pelas autoridades de saúde brasileiras dão conta de 1.619 casos confirmados e 25 mortes, um aumento de 39% face aos dados de sábado.

Durante uma entrevista dada à CNN Brasil no sábado à noite, Bolsonaro também expressou a sua frustração com as medidas adotadas por vários estados para essencialmente fechar o comércio e restringir o movimento das pessoas, dizendo que “foram longe demais” e “estão a prejudicar a economia”.

“Acho que o [Luiz Henrique] Mandetta estava a exagerar”, começou por dizer Bolsonaro em referência ao comentário do ministro da Saúde que indicou que o sistema de saúde brasileiro é frágil e que vai colapsar até ao final de abril. “‘Colapsar’ foi uma escolha errada de palavras”.

“O que estamos a fazer é aliviar a curva. Não acredito no colapso”, finalizou.

O governo de Bolsonaro anunciou, este domingo, que vai distribuir cerca de 10 milhões de testes do coronavírus, sendo que mais de metade já chegou aos quatro cantos do país.

Em São Paulo, o estado mais rico e populoso, será implementada, a partir de amanhã, a medida de quarentena obrigatória que deverá vigorar até 7 de abril, afetado todos os serviços e comércio não essenciais.

 

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