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“Não podemos ter um ‘Brexit cego’”. Nicola Sturgeon avisa Theresa May

Num encontro com a chefe do Governo escocês, Theresa May garantiu que a saída da UE vai trazer um “futuro mais próspero”. A primeira-ministra britânica aproveitou para anunciar um pacote de investimentos para criar empregos na região.
7 Agosto 2018, 17h13

A primeira-ministra britânica, Theresa May, está esta terça-feira reunida em Edimburgo com a chefe do Governo escocês, Nicola Sturgeon, para discutir o futuro da região depois da saída do Reino Unido da União Europeia (UE). Theresa May garantiu que a saída da UE vai trazer ao país um “futuro mais próspero” e anunciou um pacote de investimentos para criar empregos na região.

“Aproveitando ao máximo os ativos do nosso país e o talento do nosso povo, podemos construir um futuro mais próspero para todo o Reino Unido”, afirmou Theresa May, antes da reunião com Nicola Sturgeon. A primeira-ministra britânica garantiu estar a trabalhar, juntamente com empresas e as administrações locais para “criar melhores empregos e disseminar a prosperidade económica”, procurando criar mais e melhores empregos em todo o país.

Como parte dessa colaboração, Theresa May veio anunciar um acordo no valor de 1,2 mil milhões de libras (1,3 mil milhões de euros) destinado a impulsionar a atividade económica, desenvolvimento de pesquisa no espaço, tecnologia alimentar e cultura em Edimburgo e no sudeste da Escócia. Além disso, a primeira-ministra veio confirmar a construção de dois novos centros de pesquisa científica na região.

Nicola Sturgeon, por sua vez, aproveitou esta reunião para esclarecer junto de Theresa May qual é o seu plano B para o caso de as negociações do Brexit terminarem sem qualquer acordo. “Dada essa falta de clareza e as reais preocupações de não se chegar a acordo, é hora da primeiro-ministra dizer qual é o plano B. Não podemos sair sem nenhum acordo e não podemos ter um ‘Brexit cego'”, afirmou Nicola Sturgeon, antes da reunião.

O processo de saída do Reino Unido do bloco europeu deve estar concluído a 29 de março do próximo ano. As negociações com Bruxelas têm encontrado algumas dificuldades, especialmente no que diz respeito à questão da fronteira entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda.

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