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“Não vejo o investimento como risco na execução do Orçamento do Estado”

Mourinho Félix afirma que o Orçamento do Estado para 2019 tem medidas que garantem um crescimento robusto do investimento. E defende que o fim do PEC e do IVA alfandegário vão libertar tesouraria para as empresas investirem mais.
  • Cristina Bernardo
19 Outubro 2018, 09h30

A estimativa do Governo para o crescimento do investimento em 2019 é superior às de várias instituições. É realista, num cenário de desaceleração da economia, ter o investimento a crescer 7%?

O investimento que está no Orçamento do Estado (OE) é baseado em projeções numa análise feita com os dados mais recentes e que indicam uma trajetória. Essa trajectória, em 2018, vai influenciar o valor de 2019. E depois há aqui um impulso de um investimento público com um crescimento bastante visível este ano do OE. O Portugal 2020, que teve, no primeiro ano, níveis de execução reduzidos, está agora com níveis de execução mais elevados. Há um aumento de investimento este ano de cerca de 700 milhões de euros.

Há um conjunto de projetos que se iniciarão ao longo de 2019. Há um impacto no investimento público que tem que se considerado. Quem faz previsões, e está habituado a olhar para estes números, sabe que o investimento é uma das componentes da despesa mais voláteis e, portanto, é aquela onde é suscetível depois haver surpresas positivas ou negativas.

Mas há uma coisa importante quando se olha para o investimento e as componentes que se procura: o conteúdo importado. O investimento tem um elevado conteúdo importado. Flutuações do investimento ou desvios do investimento são mais importantes do ponto de vista daquilo que é o crescimento potencial da economia portuguesa, que apesar de inovar e melhorar o sistema produtivo, têm um impacto direto e imediato no PIB e naquilo que é a geração de receita fiscal nesse ano. Não vejo que daí venha um risco naquilo que possa ser a execução orçamental em 2019. Obviamente, é desejável que Portugal tenha um investimento robusto e continue a tê-lo. Há medidas no OE que vão permitir isso.

 

 

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