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Nasdaq sobe 1,7% e puxa por Wall Street

A Apple fechou em alta, tal como a Cisco Systems, uma das maiores empresas de serviços para redes de computadores. No lado macroeconómico, o sentimento na indústria nova-iorquina volta a melhorar em novembro.
15 Novembro 2018, 22h30

Wall Street fecha com ganhos na sessão com uma subida expressiva do Nasdaq de 1,72% para os 7.259 pontos. O Dow Jones recuperou 0,83% para 25.289,3 pontos com a Apple de volta ao verde (+2,2%) e o S&P 500 subiu 1,06% para 2.730,2 pontos.

Nas empresas, a Cisco Systems, uma das maiores empresas de serviços para redes de computadores, subiu na bolsa 5,5% e liderou os ganhos no Dow Jones depois de superar a previsão de consenso com os resultados do terceiro trimestre. Cisco superou estimativas nas contas e nas projeções de receitas.

Outros títulos positivos do Dow foram a 3M (+ 3,2%), a Caterpillar (+ 2,1%) e a Apple (+ 2,2%).

Além disso, a fabricante de software de negócios Oracle subiu 3,5% no mercado após ser publicado que a Berkshire Hathaway, veículo de investimento de Warren Buffett, aumentou a sua participação na empresa. A Berkshire Hathaway divulgou uma posição de 1,13% na Oracle, correspondente a 41,4 milhões de ações, no final do 3º trimestre.

Do lado negativo, a rede de supermercados Walmart caiu 2,3% no índice Dow após publicar as suas contas, enquanto a empresa de tecnologia NetApp caiu 11,4% na bolsa após frustrar as previsões com seus números do trimestre. Em terreno negativo fecharam a Nike (-1,3%) e a Home Depot (-1,8%).

 

O sentimento na indústria nova-iorquina volta a melhorar em novembro. Na frente macroeconómica, esta quinta-feira foi publicado o índice Empire State Manufacturing  (indicador que mede o clima no setor industrial em Nova Iorque) de novembro, que subiu de 21,1 para 23,3, acima do esperado que era de 20,0. A suportar a melhoria esteve a subida do valor de leitura das perspetivas gerais das condições para os próximos seis meses (componente subiu de 29 para 33), que compensou a degradação da leitura de novas encomendas (22,5 para 20,4).

Embora o índice de produção industrial do Philadelphia Fed do mesmo mês tenha caído de 22,2 para 12,9, abaixo da previsão de 20,0. O que significa que as condições empresariais em Philadelphia degradam-se mais que o previsto. Este valor mostra um ambiente desfavorável para a indústria neste estado da Fed em novembro, com leitura de Novas Encomendas a degradar-se (19,3 para 9,1), tal como a de Preços Recebidos (24,1 para 21,9) e de Entregas (24,5 para 21,6), diz o analista do BCP na sua análise.

Destaque também para o setor Retalho nos EUA.  Deu-se um aumento homólogo de 4,6% em outubro, o que traduz uma aceleração face aos 4,2% denotados em setembro. Mas é necessária uma aceleração superior nos dois últimos trimestres do ano para que o ritmo consiga pelo menos atingir os 5,7% registados em média nos três meses do 3º trimestre. Excluindo as componentes mais voláteis de Auto e Energia registou-se um aumento homólogo de 4,7%.

Por outro lado, os pedidos iniciais de subsidio de desemprego subiram de 214.000 para 214.000, quase em linha com os 212.000 esperados. E os pedidos contínuos subiram para 1,67 milhões de 1,63 milhões, um pouco acima dos 1,63 milhões previstos. Esses dados continuam a indicar uma excelente saúde do mercado de trabalho dos EUA.

Um dos principais fatores de incerteza para os investidores é a possibilidade de um Brexit difícil, isto é, uma saída desordenada do Reino Unido da União Europeia. Apesar de Theresa May ter ganho o apoio do seu gabinete para o acordo alcançado com a UE, a demissão de vários dos seus membros e as críticas de conservadores e trabalhistas tornam muito difícil obter a aprovação do Parlamento.

A libra esterlina deprecia 1,5% em relação ao dólar, até 1,2794 dólares e 1,83% face ao euro, até aos 1.1280 euros.

No mercado de commodities, o petróleo do West Texas sobe 0,55%, para 56,56 dólares, recuperando do colapso das últimas sessões.

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