Natal na Bélgica: Celebração é feita no jardim e só uma pessoa tem acesso à casa de banho

As famílias podem reunir-se na Bélgica, na altura de celebrar o Natal, mas o grupo não deve ter mais do que quatro pessoas e as celebrações devem ocorrer no jardim, revela o “The Brussels Times”, com base em declarações da ministra do Interior, Annelies Verlinden. Uma regra mais inusitada por parte da Bélgica é que, do grupo, apenas um está autorizado a utilizar a casa de banho.

Uma das regras para ter convidados a celebrar o Natal é que as regras de distância e de higiene devem ser cumpridas. Outra das regras explicadas pela ministra do Interior belga é que o acesso direto ao jardim é essencial, ou seja, os convidados não estão autorizados a entrar e atravessar a casa para aceder ao jardim, evitando propagar o vírus.

O único membro com acesso à casa deve ser aquele que tenha contacto mais próximo com o proprietário da habitação, sendo que não é necessário respeitar a distância de segurança e as medidas de higiene impostas pelo governo. A alimentação e as bebidas devem ser consumidas no jardim.

“Se precisam mesmo de ir à casa de banho, não existe outra opção senão voltar às suas habitações”, disse o porta-voz da ministra ao jornal “Het Nieuwsblad”.

Por sua vez, o virologista Steven Van Gucht que está no combate à Covid-19, afirma que “não há problema que alguém que use máscara atravesse a casa para o jardim”, contradizendo as medidas apresentadas pela ministra do Interior. No entanto, como o virologista garante, o problema está quando se para o caminho para falar com alguém. “Quando se entra dentro de um habitação, corremos um risco muito maior de ser infetados porque a circulação do ar não é a mesma do que ao ar livre”, explicou.

Annelies Verlinden sublinha que entende as questões que estão a ser colocadas sobre esta época festiva, mas garante que nada mudou e que não tem qualquer nova regra para apresentar. “A medida que permite juntarmo-nos a quatro pessoas em locais ao ar livre já foi imposta há algum tempo”, disse a ministra belga.

Com vários países a apontar uma terceira vaga do vírus, a Bélgica explicou que os hospitais se estão a preparar para o Natal mas que a chegada de uma terceira vaga do vírus seria “catastrófica” para o número de camas disponíveis. Apesar do número de internamentos estar a reduzir diariamente, os hospitais sustentam que continuam sob enorme pressão, visto que têm falta de enfermeiros e médicos e que muitos ainda se encontram a recuperar da primeira vaga.

Os hospitais admitem que a redução do número de pessoas nos cuidados intensivos não significam alívio imediato, uma vez que muitos pacientes têm de continuar hospitalizados e são transferidos para as enfermarias. Com o aumento de casos verificados no início do outono, os hospitais foram obrigados a adiar e cancelar as cirurgias não urgentes e que não estão relacionadas com o vírus.