[weglot_switcher]

Natixis quer mais mulheres nas áreas tecnológicas

O banco francês lançou o projeto Champion for Change, que pretende promover a diversidade e a inclusão no sector da tecnologia em Portugal.
20 Janeiro 2019, 11h00

Nathalie Risacher, Senior Country Manager da Natixis em Portugal, preocupou-se em cumprimentar pessoalmente todas as várias dezenas de mulheres que iam enchendo o lobby central do enorme edifício do grupo na cidade do Porto. Sem descriminações: também se preocupava em receber os poucos homens que ali iam chegando.

E essa é a essência da coisa: “teremos um mundo melhor e empresas melhores se contribuirmos todos para a igualdade de género. É isso que o grupo quer fazer no interior da Natixis, mas também, com os seus parceiros, no exterior”, dizia ao Jornal Económico, entre os quais profissionais do setor e estudantes dos escalões secundário e universitário.

Um pouco atrás, Ana Teresa Lehmann, ex-secretária de Estado da Indústria – de um governo que, não sendo paritário, não fica mal na ‘fotografia’ – dava o mote para o que por ali se iria passar: as questões de género são transnacionais, transgeracionais e, para a maioria dos homens, transcendentes.

O que Nathalie Risacher pretendia, perante uma assembleia onde as mulheres dominavam em número esmagador, era apresentar o Champion for Change, uma iniciativa pioneira que visa promover a diversidade e a inclusão no sector da tecnologia em Portugal, através de iniciativas ligadas à educação e informação.

Os números apresentados pela gestora da Natixis em Portugal são avassaladores: nas áreas tecnológicas, bem menos de 40% dos colaboradores são mulheres – o que não é mau, quando comparado com outros setores; o problema é que a maior parte das mulheres tem, no setor, serviços que não obrigam a pensar nem em meter as mãos em coisas complicadas como a matemática. Pior: a perenidade do posto de trabalho das mulheres é incomparavelmente mais baixa que a dos homens.

As áreas da ciência, da tecnologia, da engenharia e da matemática não são um monopólio de qualquer género e devem ser seguidas por mulheres e homens, com as mesmas oportunidades. É esta a mensagem central do projeto.

Este ano, o projeto incluirá, entre outras iniciativas, encontros entre Nathalie Risacher e jovens recém-licenciadas e estudantes universitárias sobre oportunidades de carreira e novos caminhos; eventos de networking na Natixis;  e a realização de open days para estudantes do ensino secundário, dias de trabalho partilhados com os colaboradores da Natixis.

O Champion for Change integra ainda uma iniciativa interna da Natixis a nível global, a WINN – Women In Natixis Network, uma rede que procura contribuir para o crescimento, atração e retenção de mulheres de sucesso em todo o grupo Natixis.

A Natixis é a divisão internacional de banca empresarial e de investimento, de gestão de ativos, de seguros e serviços financeiros do Groupe BPCE, o segundo maior grupo bancário em França (com duas redes de banca de retalho, Banque Populaire e Caisse d’Epargne). Tem mais de 21 mil funcionários e encontra-se em 38 países.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.