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Navigator sobe 4% e segura bolsa lisboeta. Praças europeias em queda.

Lisboa em contra-ciclo fecha no verde. A Navigator subiu depois de ter informado que adquiriu ações próprias, passando a ser detentora de 0,243% do respetivo capital social. O Brexit continua a penalizar os mercados europeus.
  • Stringer/Reuters
17 Janeiro 2019, 17h32

O PSI 20 fechou a subir 0,62% para 5.029,7 pontos em boa parte devido à subida de 4,03% das ações da Navigator (o título fechou a cotar 4,126 euros). A Semapa, outra empresa do Grupo Queiroz Pereira, subiu 1,64% para 14,86 euros.

A Navigator subiu depois de ter informado que adquiriu ações próprias, passando a ser detentora de 0,243% do respetivo capital social.

Outras ações em alta foram a Altri (+1,82% para 6,73 euros); a Jerónimo Martins (+1,45% para 11,895 euros) e a Sonae que subiu 1,03% para 0,886 euros.

A Galp valorizou-se 0,32%, depois da petrolífera ter anunciado em comunicado oficial que a BlackRock aumentou a participação indireta nos direitos de voto da Galp para os 5,02%, ou seja, acima do limiar de 5%.

O BCP caiu -0,73% para 0,2437 euros e os CTT desceram -0,59% para 3,04 euros e destacam-se entre os cinco títulos do PSI 20 em queda.

O BCP foi contagiado pelo facto de o setor bancário ter sido o mais castigado na Europa, condicionado pelo tombo de quase 6% do francês Société Générale, que indicou o registo de uma imparidade no 4ºtrimestre, o que que conduziu as respetivas ações a perdas de 5,66%,bem como pela correção expressiva das ações dos bancos alemães Deutsche Bank e Commerzbank, depois de terem estado bastante animados na sessão anterior com rumores de fusão.

Recorde-se que o Ministério das Finanças da Alemanha pediu ao regulador da banca, o BaFin, para partilhar os resultados da sua análise sobre uma possível fusão entre o Deutsche Bank e o Commerzbank. O que revela que o governo está a avaliar a possibilidade de uma consolidação no setor, numa altura em que os dois bancos estão a ser pressionados por problemas financeiros e queda das ações. As duas instituições terminaram a sessão de hoje com perdas superiores a 3,50%.

Na Europa as principais praças fecharam em queda.  O global EuroStoxx 50 caiu 0,26% para 3.069,3 pontos.  O FTSE 100 de Londres deslizou 0,4% para 6.834,9 pontos. O Brexit tem sido tema central para os investidores e ontem conheceu mais um episódio após a sobrevivência de Theresa May à moção de censura. A União Europeia diz estar à espera dos próximos passos em Londres.

O Governo de Theresa May terá até segunda-feira para apresentar um plano B, que deverá passar pela extensão do Artigo 50º. Esse plano será apresentado no dia 21 de janeiro e votado no dia 29.

Michel Barnier, negociador para o Brexit, admitiu um novo acordo caso o Reino Unido altere as “linhas vermelhas”: saída da união aduaneira, saída do mercado único e o fim da livre circulação de pessoas e bens.

As principais praças europeias fecharam em terreno negativo. O CAC 40  caiu 0,34% para 4.794,4 pontos; o dax desceu 0,12% para 10.918,6 pontos; o Ibex fechou a perder 0,05% para 8.908,6 pontos e o FTSE MIB de Milão caiu 0,04% para 19.470,4 pontos.

O petróleo está em queda também. O Brent desliza 0,70% para 60,89 dólares o barril e o WTI nos EUA cai 1,17% para 51,70 dólares.

O euro  cai 0,08% para 1,1383 dólares.

No mercado de dívida. As bunds alemãs continuam a ver os juros agravarem (+1,9 pontos base para 0,243%). Mas hoje os juros da dívida portuguesa estão a cair 3,2 pontos base para uma yield de 1,757%. Espanha tem os juros a caírem 1,1 pontos base para 1,346% e Itália, em contra-ciclo, com os juros a agravarem 1 ponto base para 2,765%.

Quanto a dados macroeconómicos a destacar, salienta-se os do Eurostat. Em dezembro de 2018, a taxa de inflação anual (variação homóloga), medida pelo IHPC, foi de 0,6% para Portugal, de 1,6% para a Zona Euro e 1,7% para a UE a 28. E em novembro de 2018, em comparação com o mês homólogo, a produção na construção aumentou 3,0% em Portugal, 0,9% na Zona Euro e 1,8% na UE a 28.

 

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